14.09.2023 | ABIFER | Notícias do Mercado
Fonte: O Estado de S. Paulo
Data: 11/09/2023
Devido às características do setor de transportes, talvez seja um dos segmentos mais propícios ao desenvolvimento de novas tecnologias. Afinal, sempre se buscam as soluções mais modernas, eficientes e sustentáveis para aperfeiçoar a mobilidade.
E, com isso, não só trazer melhorias ao usuário como também investir na transição energética para um economia de baixo carbono e colocar em prática ações alinhadas às práticas ESG das empresas.
Uma das novidades mais recentes é a utilização do hidrogênio verde (H2V) como combustível “limpo” para utilização em sistemas de transporte público.
Por isso, representantes do Grupo CCR, empresa que opera diversos sistemas de trens, metrô e VLTs no Brasil, entre outros modais de transporte, têm uma viagem agendada para novembro ao país oriental com o objetivo de conhecer mais de perto o projeto e fazer estudos sobre sua viabilidade técnica e econômica, levando em conta a realidade brasileira.
“Vamos visitar a fábrica da Hyundai Rotem, na Coreia do Sul, para reunir informações sobre o custo dessa operação, fazer estimativas de manutenção dos veículos e verificar o grau de avanço dessa tecnologia”, conta Márcio Hannas, presidente da CCR Mobilidade.
Além do VLT coreano, a empresa também pretende visitar a fábria da Alstom e conhecer a operação da Alemanha.
O hidrogênio verde é obtido com base na eletrólise da água, quando realizada por meio de uma fonte de energia renovável. Quando em funcionamento, os trens movidos com o H2V emitem apenas vapor e água condensada. Além de menos poluentes, as composições são mais silenciosas do que aquelas movidas por combustíveis fósseis.
Márcio Hannas, da CCR, ressalta que a ideia não é substituir os trens movidos a eletricidade nos sistemas que a empresa opera no Brasil, como as linhas de trem e metrô em São Paulo e Salvador. “Cerca de 95% da energia consumida em nossas operações é renovável”, acrescenta.
“Vamos visitar a fábrica da Hyundai Rotem, na Coreia do Sul, para reunir informações sobre o custo da operação, fazer estimativas de manutenção dos veículos e verificar o grau de avanço dessa tecnologia.”
Márcio Hannas, presidente da CCR Mobilidade
O que se pretende com essa primeira missão à Coreia é entender melhor como o sistema funciona. E, quem sabe?, pensar no planejamento e execução de uma nova linha no futuro que use o hidrogênio verde para movimentar os trens.
Se todos os estudos de viabilidade técnica e operacional forem positivos, ainda levará algum tempo para que seja implementado no Brasil o primeiro sistema de transporte sobre trilhos movido a hidrogênio verde. Essa nova tecnologia deve estar disponível por aqui em um prazo entre cinco e dez anos.