23.05.2024 | ABIFER | Notícias do Mercado
Fonte: Valor Econômico
Data: 22/05/2024
Considerado um dos maiores produtores de alimentos nacionais, Mato Grosso do Sul incorporou mais uma vocação: a de potência agroambiental, que garante competitividade a custos baixos por meio de práticas sustentáveis de produção. Com previsão de de R$ 33 bilhões em recursos privados para este ano, o estado oferece um amplo portfólio de oportunidades aos investidores em um ambiente atrativo de negócios. Essas e outras ações foram apresentadas pelo governador do estado, Eduardo Riedel, aos participantes do Summit Valor Econômico Brazil-USA, evento organizado em Nova York no último dia 15 para discutir os desafios e as principais oportunidades de negócios entre os dois países. Riedel expôs aos presentes a agenda de investimentos no estado que envolve desde o agronegócio a obras de infraestrutura. “Até há pouco tempo o termo agroambiental era pouco conhecido. Ele está relacionado ao nosso clima tropical e suas respectivas emissões de carbono. As boas práticas empregadas em Mato Grosso do Sul nos tornam mais competitivos na produção de alimentos. As áreas de pastagens, por exemplo, foram reduzidas nos últimos dez anos, agregando valor direto na nossa industrialização”, declarou o governador.
Entre as metas da atual gestão está o reconhecimento do território carbono neutro até 2030. O projeto MS Carbono Neutro tem como objetivo gerar a base metodológica para uma economia de baixo carbono no estado, desenvolvendo e adaptando tecnologias para a redução e mitigação das emissões de gases de efeito estufa em vários setores da economia. Na agropecuária, já estão em execução ações de manejo e conservação do solo e da água, energia renovável e desmatamento ilegal zero.
Na área de infraestrutura, está previsto o leilão de 900 quilômetros de rodovias. Entre os projetos estão as concessões das rodovias BR-262, BR-267, MS-040. “Também vamos investir em ferrovias e hidrovias, que fazem parte da infraestrutura necessária para dar competitividade às nossas exportações, que têm um corredor estratégico para outros mercados”, acrescentou o governador.
Na área de infraestrutura, está previsto o leilão de 900 quilômetros de rodovias. Entre os projetos estão as concessões das rodovias BR-262, BR-267, MS-040. “Também vamos investir em ferrovias e hidrovias, que fazem parte da infraestrutura necessária para dar competitividade às nossas exportações, que têm um corredor estratégico para outros mercados”, acrescentou o governador.
O equilíbrio fiscal é outra meta capitaneada pelo governo para atrair investidores em um ambiente de negócios seguro e regulado. Só em 2023, foram investidos 18,3% da receita corrente líquida em infraestrutura. O PIB do estado foi de R$ 142,2 bilhões, em 2021, representando 1,6% do PIB nacional. A expectativa para este ano é que os números cheguem a R$ 185 bilhões, um crescimento nominal de 9,3%. Na transição energética, Mato Grosso do Sul criou o MS Renovável, política pública de incentivo às atividades de produção de energia renovável no estado. O objetivo é estimular a implantação de sistemas geradores de energia a partir de fontes renováveis, como a eólica, a termossolar e a fotovoltaica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, biogás, hidrogênio, entre outras alternativas. “Economia verde não é só biodiversidade, não é só floresta. É um conjunto de ações de resiliência climática, de bioenergia. A matriz energética brasileira tem um diferencial em relação ao mundo, e os estados têm muito a oferecer nesse sentido”, declarou Riedel.
Entre os destaques da produção agroindustrial de Mato Grosso do Sul está o processamento de soja e milho. O estado é o quinto maior exportador de produtos derivados da soja, com US$ 981 milhões em exportações (1,65 milhão de toneladas). Entre os países compradores estão Holanda, Polônia, Índia, Indonésia, Tailândia, Venezuela, Dinamarca, Alemanha e China.
A região também possui o quinto maior rebanho bovino, com 18,4 milhões de cabeças (8% do rebanho do país). É, ainda, a quarta maior exportadora de carnes e miudezas bovinas, com US$ 1 bilhão arrecadado (244 mil toneladas). “A indústria se consolidou como um dos mais importantes setores para a economia de Mato Grosso do Sul. Ela realiza investimentos bilionários e contribui de forma significativa para a geração de empregos e para o aumento das exportações. Por tudo isso, a nossa indústria de transformação é a que mais cresce no Brasil”, declarou o governador.
Riedel aproveitou o evento para se reunir com empresas potenciais que podem investir no estado em diferentes setores. A agenda foi formada por reuniões com instituições bancárias, fundos de investimento, empresários globais e câmaras de comércio. Os eixos de captação de investimento concentraram-se em infraestrutura, meio ambiente e novos negócios, com ênfase nas áreas de agroindústria e energias renováveis.
A comitiva do estado de Mato Grosso do Sul aproveitou a ida a Nova York para participar de outra rodada de apresentações com empresários: o MS Day. A iniciativa contou com a valiosa parceria da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems) e a presença do presidente da instituição, Sérgio Longen.
“Grandes oportunidades de negócios foram prospectadas em Nova York. Com muita tranquilidade, o Mato Grosso do Sul saiu na frente com as suas propostas. Entendemos que todas as reuniões representaram um passo adiante. Empresas que já estão instaladas no estado, outras que também têm interesse em nos conhecer e, acima de tudo, deixamos nos agentes financeiros a impressão sobre o que é o Mato Grosso do Sul hoje”, declarou Longen.
Ainda conforme o líder empresarial, diversos setores do estado estão avançando, e isso deve ser mostrado para o mundo. “Hoje temos diversas oportunidades e em breve estaremos apresentando um balanço com os nomes e com resultados oficiais dessa missão, com setores que ganharam força em Nova York”, finalizou.
A edição MS Day, em Nova York, foi a segunda etapa do projeto, que começou ano passado, em São Paulo. Na ocasião, foram apresentadas as potencialidades de Mato Grosso do Sul para empresários no centro financeiro do país, onde foram anunciados R$ 5,5 bilhões em novos investimentos para a região.
