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Opinião | Trilhos: o caminho sustentável para a prosperidade do Brasil

06.11.2025 | | Uncategorized

Por Vicente Abate, presidente da ABIFER.

O transporte ferroviário nacional, de cargas e de passageiros, bem como a indústria ferroviária brasileira, são estratégicos, sustentáveis, inovadores e resilientes, e contribuem para uma significativa redução das emissões de gases de efeito estufa e de materiais particulados na atmosfera.

É comprovado que cidades inclusivas são aquelas que possuem sistemas de transporte público amigáveis ao meio ambiente, como o são metrôs, trens metropolitanos, trens regionais, trens de alta velocidade, VLTs, monotrilhos e o aeromovel.

No Brasil, existem 21 sistemas consolidados de transporte público sobre trilhos, nas principais capitais e nas grandes regiões metropolitanas.
A CMSP (Companhia do Metropolitano de São Paulo), em permanente expansão, é responsável pelo transporte de cerca de 4 milhões de pessoas, diariamente, que se deslocam para o trabalho, estudo e lazer.

Com uma rede atual de 105 km, planeja-se que seja dobrada, através do programa SP nos Trilhos, do Governo do Estado de São Paulo, que inclui também expansões da CPTM e do VLT da Baixada Santista.

Nos demais sistemas nacionais, destacam-se as cidades do Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Recife, Teresina, Curitiba e Porto Alegre, perfazendo cerca de 1.139 km de trilhos sustentáveis.

Estamos às vésperas da COP 30, em Belém, onde o Brasil mostrará ao mundo suas aptidões energéticas para cumprir as práticas do ESG, que representam o compromisso com o Meio Ambiente, a Responsabilidade Social e a Governança ética e transparente e, complementarmente, o alcance dos 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, que compõem sua Agenda 2030, lançada em 2015.

A descarbonização do transporte é também uma agenda da ABIFER e de suas associadas, que garantirá a redução da poluição ambiental e sonora, através do desenvolvimento e produção de locomotivas digitalizadas, com células de hidrogênio verde, a bateria, biocombustíveis e GNL, trens de passageiros elétricos e tracionados a hidrogênio verde e vagões de carga testados em túnel de vento, em que se comprovaram a redução de seu coeficiente de arrasto e uma eficiência energética de 8,5%.

Vivemos um momento único e histórico de transformação, que nos assegurará o combate efetivo às severas mudanças climáticas em curso e seus efeitos desastrosos em nosso planeta.

Este artigo será originalmente publicado pela REVISTA BRASIL ENGENHARIA
Edição Especial Metrô-SP – Novembro/2025