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ABIFER apresentou a sustentabilidade nos trilhos, no BW Talks

03.11.2021 | | ABIFER News

Vagner Barbosa, moderador e Vicente Abate, presidente da ABIFER.

O trabalho do Ministério da Infraestrutura para reequilibrar a matriz de transporte de cargas nacional, promovendo concessões e parceria público-privadas, realizando obras federais e ajudando em licitações de projetos estaduais e municipais, resultará em um aumento da participação do modo ferroviário no transporte de cargas e também de passageiros pelo país, passando dos atuais 20% na carga para entre 35% e 40% nos próximos anos.

Segundo Vicente Abate, presidente da ABIFER, hoje, a matriz brasileira é muito desequilibrada, com mais de 60% do transporte da carga sendo feito por rodovias. “Esse modal é mais eficiente para distâncias menores, entre 500 e 600 km, enquanto o ferroviário é melhor para distâncias maiores, de mais de mil quilômetros. Quando o trecho a ser percorrido for ainda maior, é possível usar o hidroviário”, explicou Abate, durante o BW Talks Sustentabilidade nos Trilhos, promovido pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração – SOBRATEMA, no dia 28 de outubro.

Para ele, é fundamental a busca pelo reequilíbrio da matriz de transporte no país, a fim de garantir mais eficiência econômica e contribuir para a proteção ambiental, com a promoção da integração entre todos os modais para beneficiar a competitividade do mercado nacional. “É preciso que a movimentação de cargas utilize o modal mais eficiente de acordo com o trecho a ser percorrido e o tipo de produto a ser transportado”, pontuou.

Esse crescimento da participação do modo ferroviário no país vai beneficiar o meio ambiente, uma vez que ele apresenta baixa emissão de gases de efeito estufa e materiais particulados, contribuindo para a diminuição dos impactos do aquecimento global advindos do setor de transporte. Ademais, o segmento tem trabalhado para a produção de equipamentos mais eficientes do ponto de vista energético, que colabora com a proposta de países do Hemisfério Norte de uma transição para uma economia global de baixo carbono.

O presidente da ABIFER ressaltou que a questão ambiental é grave. “De um modo geral, podemos perder nossa eficiência se não cuidarmos da natureza, diminuindo a emissão de GEE e a geração de resíduos, além das ações para manutenção dos recursos hídricos. Em minha visão, todos nós devemos nos preocupar com esse tema”.

Abate comentou também que a indústria ferroviária nacional adotou as práticas de governança ambiental, social e corporativa (ESG), desenvolvendo tecnologias inovadoras para que os sistemas e os equipamentos sejam cada vez mais eficientes, seguros e tenham menor impacto ambiental, como por exemplo, a locomotiva de manobra 100% a bateria, desenvolvida por engenheiros brasileiros, que alcançou resultados importantes e será, inclusive, exportada para os Estados Unidos.

Outros equipamentos citados por ele foram as locomotivas diesel-elétricas, que já utilizam biodiesel ou gás natural misturado com o diesel; o controle remoto em locomotivas de manobra que permite realizar a movimentação dentro do parque das concessionárias via wi-fi, rádio e outros sistemas de comunicação; e os trens a hidrogênio, que já são vistos na Europa e Ásia.

No caso do transporte de passageiros, Abate falou sobre os benefícios do VLT: menor impacto ambiental, mais econômico, mais seguro e com possibilidade de reurbanizar a região, propiciando uma condição turística mais favorável. Ele citou também o edital de licitação que deverá ser lançado no mês de dezembro para um Trem de média velocidade ligando a cidade de São Paulo ao município de Campinas.

O BW Talks Sustentabilidade nos Trilhos está disponível no site Movimento BW, clique aqui para assistir.