Av. Paulista, 1313 - 9º Andar - Conjunto 912 (11) 3289-1667 [email protected]
pt-bren

ABIFER NA MÍDIA – Mesmo com boom de projetos, associação diz que ociosidade da indústria ferroviária seguirá alta

30.12.2020 | | Notícias do Mercado

Os projetos aprovados pelo governo no setor ferroviário indicam investimentos superiores a R$ 30 bilhões nos próximos anos no país, mas ainda assim a indústria ferroviária do país deverá fechar 2021 com elevada capacidade ociosa.

É o que diz o presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), Vicente Abate, que representa as empresas que produzem locomotivas, vagões e componentes para o setor, que, somente nesta semana, viu a aprovação da renovação antecipada das ferrovias da Vale, a liberação do edital da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) e o início da audiência pública para renovação da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica).

“O impacto no futuro será grande. Mas ainda não teve o reflexo na nossa indústria”, disse Abate, lembrando que é essencial que os projetos andem com maior velocidade. “As renovações antecipadas começaram em 2016. Somente em maio deste ano foi assinada a primeira, da Malha Paulista. Falta previsibilidade.”

Pelos números, a estimativa da indústria é fechar 2021 com um aumento de produção de 1,8 mil vagões para 2,5 mil. Apesar de um crescimento na casa dos 40%, ainda é abaixo da média dos últimos dez anos – segundo Abate, na casa dos 3,4 mil.

De acordo com ele, a ociosidade média das companhias está na casa dos 80% para a produção de vagões. Nos últimos anos, o número de empregados do setor caiu de 20 mil para 16 mil.

As esperanças, segundo Abate, estão depositadas no caso da carga no setor de celulose, que vem crescendo nesse modal de transportes. Segundo ele, a Bracell já encomendou 400 vagões desenvolvidos especialmente para esse tipo de produto e outras companhias do setor devem fazer o mesmo.

Outra esperança são as licitações de trens de passageiros em São Paulo previstas para este ano, tanto de novas concessões como de compras da estatal CPTM, que também podem elevar as encomendas caso a indústria nacional vença das disputas.

“É muito bom que os projetos avancem. Isso nos deixa um otimismo. Um otimismo cauteloso”, disse Abate.

 

Fonte: Agência Infra – Dimmi Amora

Data: 17/12/2020