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Audiência discutirá trem do sertão e anel ferroviário de Montes Claros

14.07.2020 | | Notícias do Mercado

A Estação Ferroviária de Montes Claros

A Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras realiza hoje, segunda-feira, a audiência pública para debater o andamento do Plano Estratégico Ferroviário (PEF), que busca selecionar projetos prioritários para a retomada ferroviária no Estado, incluindo o retorno do Trem do Sertão, paralisado desde 1996 e ainda a criação do Anel Ferroviário de Montes Claros, com a retirada dos trilhos da área urbana da cidade.  A reunião será às 9 horas, no Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O PEF vem sendo desenvolvido pela Fundação Dom Cabral (FDC) e conta com sugestões enviadas pela chamada “frente ferroviária”. O grupo reúne organizações da sociedade civil que atuam no setor, além de associações, conselhos, prefeituras e parlamentares.

O estudo divulgou 65 projetos considerados prioritários, mas a lista gerou muitos questionamentos na frente ferroviária.  O presidente do Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Montes Claros, Jefferson Tolentino, explica que “o Plano Estratégico de Ferrovias em MG, é inusitado, já que a última vez que o Governo de MG tratou de estudos sobre a estrutura ferroviária em MG, através da Secretaria de Estado dos Transportes, que foi extinta e Secretaria de Transportes e Obras Públicas, foi no período 1987/90, período em que foi criado o Comitê Multimodal do Estado de Minas Gerais, que tivemos a honra de ser o Secretário Executivo”.

Segundo ele, “nesta época, foi feito o primeiro Diagnóstico do Setor Ferroviário em MG e realizado o 1o. Encontro De Transporte Ferroviário de M Gerais, com a presença do Ministério dos Transportes e GEIPOT, usuários e transportadores ferroviários nacionais consultores, empresas de construção ferroviária, entidades empresariais. Neste período foi, após, anos de paralisação, concluída a Ferrovia do Aço, graças a uma engenhosa parceria público privada, comandada pelo Conselho de Usuários da SR-3, da RFFSA/Juiz de Fora, da qual também participamos. Foram gastos apenas 5% dos investimentos até então realizados, para sua conclusão e liberação da ferrovia até o porto de Sepetiba/RJ”.

O presidente Jefferson Tolentino afirma que “no mesmo período, participamos, já a nível do Conselho de Usuários da SR 2/RFFSA, no qual também participávamos, da negociação com a Vale do Rio Doce e RFFSA, do trecho Capitão Eduardo/Costa Lacerda, em torno de US$46 milhões, que seriam investidos em trechos rodoviários de Minas Gerais, para eliminação de pontos críticos, inclusive a travessia de BH, para resolver a questão Metrô de BH X Transporte de cargas da RFFSA. Infelizmente, o recurso foi desviado para o sul do país, em especial a Ferrovia do Frango”.

Para ele, “neste momento, que deparamos com estudos em realização pela Fundação Dom Cabral, visando definir um Plano Estratégico de Ferrovias, nos parece, sem dúvida, observados a demanda existente, integração regional e multimodal, e eficiência na exportação da produção e seu potencial de crescimento, a alternativa 2 é a que representa a melhor opção das propostas, embora não tenhamos tido acesso ao conteúdo dos estudos realizados. As propostas do Cenário 2, vão promover a criação de corredores de transportes que, além de promover à integração dos mercados regionais Sudeste, Centro Oeste e Nordeste é altamente favorável a Minas Gerais. Para maior integração multimodal tem-se, ainda, que retomar a hidrovia do São Francisco e melhorar o Terminal Multimodal de Pirapora. (GA)

 

Fonte: Gazeta Norte Mineira

Data: 13/07/2020