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Baldy afirma em Comissão da ALESP que governo Doria estuda extensão da Linha 4 até Taboão da Serra

18.10.2019 | | Notícias do Mercado

O governo Doria estuda a chegada da Linha 4 Amarela de Metrô até a cidade de Taboão da Serra.
A afirmação partiu do secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, que participou da reunião da Comissão de Assuntos Metropolitanos da Assembleia Legislativa de São Paulo realizada nesta quarta-feira, 16 de outubro de 2019.
Representando o diretor-presidente do Metrô de São Paulo, Silvani Alves Pereira, Baldy disse aos parlamentares sobre os planos da companhia: “Estamos estudando a extensão dessa linha até a estação Vila Sonia. São estudos muito iniciais, mas queremos ampliar por mais duas estações até que chegue na cidade de Taboão da Serra”.
Como mostrou o Diário do Transporte, já existe uma emenda parlamentar que propõe incluir a extensão da linha 4-Amarela até o município de Taboão da Serra, na região metropolitana, no PPA – Plano Plurianual do Governo do Estado de São Paulo 2019-2023. Relembre: Emenda quer incluir Linha 4-Amarela do Metrô até Taboão no PPA 2019-2023
A proposta de emenda, número 11, é de autoria do deputado estadual José Aprígio da Silva (PODEMOS), e foi publicada no dia 29 de agosto de 2019.
A emenda é ao projeto de lei 924, de 2019, do governador João Doria, que institui o Plano Plurianual – PPA 2019–2023 e que foi apresentado aos deputados estaduais no dia 15 de agosto deste ano.
Dentre outros itens debatidos com os parlamentares da Comissão, esteve também o cancelamento do projeto de monotrilho para a região do ABC. “A definição e a posição da linha 18 Bronze foi uma posição técnica do Conselho Gestor de Parceria Público-Privadas que é de responsabilidade do comitê gestor e da Procuradoria Geral do Estado e, portanto, não cabe à secretaria discutir o cancelamento dessa linha do metrô. O que nós propusemos é que o governo, dentro de uma viabilidade, pudesse elaborar um projeto de BRT (Bus Rapid Transit) que fizesse a integração entre o ABC e a capital“, esclareceu Baldy.
À Comissão, presidida pelo deputado Rafa Zimbaldi (PSB), Baldy falou ainda da situação do projeto do Trem Intercidades. Como mostrou o Diário do Transporte, o Trem entre São Paulo, Jundiaí, Americana e Campinas terá em janeiro de 2020 a realização de uma audiência pública para que a iniciativa privada assuma os projetos, obras e operação.
A afirmação foi feita pelo Secretário Executivo dos Transportes Metropolitanos, Paulo José Galli, durante palestra na Arena ANTP, evento da Associação Nacional de Transportes Públicos realizado no dia 24 de setembro. A linha será a primeira de um pacote de trens que vão ligar diferentes regiões metropolitanas. O projeto vai englobar também a concessão da linha 7 Rubi da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Relembre: Em janeiro, Trem Intercidades terá audiência pública e BRT do ABC está com projeto final avançado
O Secretário Alexandre Baldy, inclusive, já contratou o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID para estruturação do Projeto Trem Intercidades, como o Diário do Transporte mostrou em 22 de agosto de 2019: Secretaria de Transportes Metropolitanos ratifica contratação do BID para estruturação do Trem Intercidades
VILA SÔNIA A TABOÃO DA SERRA: ÔNIBUS ENQUANTO O TREM NÃO VEM?
Durante encontro com portais de mobilidade, em 19 de fevereiro de 2019, do qual o Diário do Transporte participou, o presidente da ViaQuatro, Luís Valença, confirmou que após a conclusão da estação Vila Sônia, prevista entre 2020 e 2021, a ViaQuatro vai operar a ligação até Taboão da Serra com ônibus articulados.
A transferência entre o metrô e os ônibus da ViaQuatro será gratuita e diversas linhas intermunicipais gerenciadas pela EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos vão ser unificadas e devem seguir até a Vila Sônia, não se estendendo mais até Morumbi, por exemplo.
A ViaQuatro não definiu ainda se vai comprar os ônibus ou se vai contratar uma empresa.
Luís Valença reconheceu que a experiência do Grupo Ruas, que detém ônibus municipais em São Paulo e 15% de participação na ViaQuatro, deve contribuir para esta operação.
“Eles [Grupo RuasInvest] entendem desse negócio. Nós estamos ainda na etapa de preparar esta operação de ônibus. Temos duas opções, ou ter frota própria, com manutenção e funcionários próprios, ou usar um terceiro por causa da escala. Vamos começar com uma operação muito pequena, a gente está ainda para tomar esta decisão. Se a gente for usar um terceiro, seguramente que o nosso acionista [Ruas] que entende desse assunto, alguma contribuição importante vai vir daí.” – disse o presidente da ViaQuatro que ainda acrescentou que o serviço não será um sistema convencional de ônibus, mas vai ser uma extensão do metrô.
A empresa estuda se haverá paradas destes ônibus durante o trajeto, o que “provavelmente deve ocorrer”.
Luís Valença disse também que ainda não está definido quando vai sair do papel a Fase 3 da Linha 4, ou seja, trilhos até Taboão da Serra, mas que se isso ocorrer, a operação será da empresa. A Fase 3 compreende 2,7 quilômetros de trilhos a partir do futuro terminal Vila Sônia, com uma parada intermediária.
“Se tiver a Fase 3 até Taboão, obrigatoriamente a concessionária tem de assumir a operação desse trecho novo até porque não haveria sentido ser de outra forma [com o Metrô estatal operando um pequeno trecho] , mas é explícito isso no contrato. Naturalmente, se a gente precisar de mais trens, vai fazer mais sentido que a concessionária compre estes trens adicionais, mas nem isso está ajustado no contrato hoje, só está previsto que se expandir por trilho, nós vamos operar” – disse
Não há previsão ainda de trilhos até Taboão da Serra.

 

Fonte: Diário do Transporte
Data: 17/10/2019