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Carta aberta à sociedade Mato-grossense

10.01.2022 | | Notícias do Mercado

Fonte: Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande
Data: Dezembro/2021

O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande vem a público esclarecer e posicionar:

• Os 40 conjuntos de trens do veículo leve sobre trilhos (VLT) entregues ao Governo do Estado seguem guardados no centro de controle em Várzea Grande, vizinho ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, sob a regular realização de manutenções técnicas e sob vigilância particular, assegurando a integridade das máquinas, qualidade técnica e alta performance do meio de transporte público. O Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande segue arcando sozinho com os custos de manutenção, seguros e garantias dos trens, em que pese o contrato tenha sido rompido por decisão unilateral do Estado;

• O Consórcio lamenta e coaduna com a indignação popular ante 7 anos de paralisação do projeto, completos em 19 de dezembro. O Consórcio VLT jamais poupou esforços para a execução do projeto dentro do prazo acordado. Porém, atrasos no cronograma de pagamentos e nas desapropriações necessárias, responsabilidades do Estado, prejudicaram o cumprimento;

• Diferentemente do que o atual Governo de Mato Grosso tenta dar a entender, os trens do VLT não são um produto de prateleira, que podem ser utilizados em qualquer modal equivalente. São customizados, de acordo com especificações técnicas como topografia e área disponível para implantação. Essas particularidades de Cuiabá e Várzea Grande foram avaliadas pelas empresas responsáveis quando da contratação pelo Estado de Mato Grosso, após o devido certame público realizado;

• Em inúmeras tentativas, muitas delas acompanhadas pela imprensa, o Consórcio expôs ao Estado e órgãos de controle a intenção em firmar a retomada e conclusão do VLT. Isso segue sendo defendido em juízo, em ações que tramitam na Justiça Federal de Mato Grosso (JFMT), onde também foram expostas as causas dos atrasos e da paralisação do projeto. Laudo original de auditoria contratada pelo próprio Estado, também trazido aos autos, revela que são do próprio governo o mais amplo rol de responsabilidades pelos problemas ocorridos, sem que houvesse qualquer ingerência por parte do Consórcio;

• Todas as obras executadas pelo Consórcio VLT foram acompanhadas dos devidos projetos básicos e executivos. Até a data da paralisação das atividades do contrato, o Consórcio produziu e entregou ao Estado 4.889 pranchas de projetos executivos. Todo esse material também foi apresentado à Justiça Federal, como meio de prova, para o devido escrutínio;

• Chama a atenção o fato de o atual Governo do Estado de Mato Grosso lançar edital para contratação de outro tipo de modal de transportes tendo em mãos toda a estrutura, suporte financeiro e informações técnicas necessárias para concluir a implantação do VLT. Causa estranheza ainda maior verificar que a tomada de decisão por descartar um modal em preferência por outro ocorreu sem projeto executivo, contrariando alerta público feito por renomadas entidades setoriais. Não há, por qualquer ângulo que se analise a questão, justificativa plausível para impedir a população de Cuiabá e Várzea Grande de usufruir um modal seguro e moderno como é o VLT, amplamente utilizado em diversas cidades do mundo e do Brasil, em destaque, nas cidades do Rio de Janeiro e Santos, por outro ultrapassado e que já possui estudos em andamento para a substituição em diversas cidades onde foi implantado.