Av. Paulista, 1313 - 9º Andar - Conjunto 912 (11) 3289-1667 [email protected]
pt-bren

Chegada de ferrovia a Goiás vai aumentar movimentação de trens em São Carlos

09.03.2021 | | Notícias do Mercado

Rumo trabalha para aumentar número de vagões de 80 para 120, investimentos para adaptação são previstos para a cidade

 

Composição da Rumo Logística (Divulgação)

A inauguração do trecho da ferrovia Norte-Sul, que liga os municípios de Estrela DOeste (SP) a São Simão (GO) terá impactos importantes na movimentação de trens de carga em São Carlos, cidade que dista 340 quilômetros do entroncamento. Composições mais longas devem impactar em tempo de espera maior nas passagens de nível localizadas na cidade.

A Rumo, concessionária que administra a Malha Paulista, deve realizar investimentos nos próximos anos para preparar o trecho são-carlense para a passagens das composições maiores, incluindo intervenções para aumentar a segurança no trecho urbano.

Para tal, a empresa deve desembolsar uma fração dos R$ 6 bilhões anunciados no pacote de investimentos na duplicação de viadutos, passagem inferior e vedação da linha férrea que atravessa a cidade, entre outras benfeitorias.

O novo trecho da ferrovia, que entra em operação neste ano, possibilitará que cargas de soja, milho e farelo de soja sejam embarcadas no município goiano com destino ao Porto de Santos. Atualmente a estrada de ferro que passa por São Carlos carrega grãos, combustíveis e celulose.

A chegada da ferrovia ao sul de Goiás elevará a demanda por transporte, e para isso, a Rumo aumentará o número de vagões dos atuais 80 para 120 em um futuro próximo. Para possibilitar que as composições “caibam” no trecho urbano, a companhia vai aumentar o pátio de cruzamento de trens. Como parte do trecho em São Carlos é em via singela, ou seja, não é “duplicada”, as áreas de espera servem para que as composições aguardem a passagem de veículos que estão na direção contrária. A ideia da empresa é que o fluxo opere 100% em 2022.

Para este ano, a expectativa da Rumo é que 40 milhões de toneladas mercadorias cruzem São Carlos. De acordo com a empresa, um trem de 80 vagões, por exemplo, tem uma capacidade equivalente a 173 caminhões. Já o trem de 120 vagões se equivale a 261 caminhões. Do ponto de vista ambiental, a troca do modal rodoviário pelo ferroviário é bom negócio, mas pode implicar em transtornos na cidade.

O cotidiano são-carlense deve ser afetado em médio prazo pela conexão com a ferrovia Norte-Sul. Atualmente, o trânsito de São Carlos já sofre com alguns gargalos que envolvem o traçado da ferrovia. A rua General Osório, via que dá acesso do centro à região da vila Prado e a rua da Paz, no CDHU, são exemplos. A cada passagem das locomotivas, uma fila enorme de veículos se forma nos pontos. Com vagões 50% maiores, o tempo de espera de pedestres e motoristas nestes pontos deve aumentar na mesma proporção.

O trecho, entre Estrela DOeste e São Simão é o primeiro de três fases da obra que ligará o Estado de São Paulo a Porto Nacional, no Tocantins. Por fim, a Norte Sul ligará dois portos brasileiros, o de Santos e o de Itaqui, no Maranhão.

A capacidade de São Simão é de aproximadamente 5,5 milhões de toneladas por ano. Além desse, a empresa entregará um segundo terminal em Rio Verde (GO) até o final deste primeiro semestre, e um terceiro em Iturama (MG), no final do primeiro semestre de 2022. Com os novos trechos, a expectativa é que a movimentação de carga aumente ainda mais.

 

Fonte: A Cidade On

Data: 06/03/2021