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Com a FIOL, BAMIN coloca a Bahia em terceiro lugar na produção de minério de ferro

29.04.2021 | | Notícias do Mercado

G1 - 28/04/2021

FIOL será indutora de crescimento econômico com modernidade e sustentabilidade

 

Corredor logístico essencial, FIOL agrega competitividade e sustentabilidade

Ferrovia integra o Oeste ao Leste do Brasil em uma nova rota para o agronegócio e a mineração com saída para o exterior pelo Porto Sul, na Bahia

A construção do Trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste Leste – FIOL, no Sul da Bahia, possibilita um novo corredor logístico de exportação essencial para o desenvolvimento socioeconômico da região e do País e conecta o estado com um futuro promissor. Com 537 km, o Trecho 1 da ferrovia foi arrematado pela BAMIN – Bahia Mineração em leilão realizado pelo Governo Federal em 8 de abril, na B3 (Bolsa de Valores), em São Paulo. Fruto de um projeto amadurecido em dez anos, a obra será entregue ao mercado com todos os requisitos de viabilidade, modernidade e sustentabilidade.

O empreendimento é de importância vital para a mineradora, que possui a mina Pedra de Ferro, em Caetité, provendo a logística necessária até o Porto Sul, em construção em Ilhéus, mas também para o agronegócio, além de outras cadeias produtivas. A BAMIN, que pode atingir a produção de até 18 milhões de toneladas anuais de minério de ferro nos próximos cinco anos, utilizará apenas um terço da capacidade da ferrovia. O potencial de transporte excedente será disponibilizado ao mercado.

A aquisição da via férrea pela iniciativa privada dá ao setor produtivo a segurança de que a obra será efetivamente concluída. O investimento comprometido é de R$ 3,3 bilhões. A subconcessão é pelo período de 35 anos, cinco deles para a construção e 30 anos para a operação.

A etapa atual renova as expectativas e leva ânimo para produtores, prestadores de serviços, prefeituras e governos estadual e federal, além de entidades representativas. Quando totalmente concluído, o primeiro trecho do novo corredor logístico acrescentará à balança comercial brasileira a capacidade de escoar 60 milhões de toneladas de cargas. Com mais dois trechos a serem construídos no futuro a FIOL terá o total de 1.527 km, chegando ao Tocantins onde poderá ser interligada à Ferrovia Norte Sul. O Trecho 1 da FIOL liga as cidades baianas de Ilhéus, Uruçuca, Aureliano Leal, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Itagi, Jequié, Manoel Vitorino, Mirante, Tanhaçu, Aracatu, Brumado, Livramento de Nossa Senhora, Lagoa Real, Rio do Antônio, Ibiassucê e Caetité. O Trecho 2 irá de Caetité a Barreiras e o terceiro, chegará ao Tocantins, na cidade de Figueirópolis.

Agronegócio poderá embarcar cerca de 20 milhões de toneladas na ferrovia

A dimensão planejada torna a FIOL um corredor logístico essencial, de interesse regional e nacional para a mineração, para o agronegócio e para outros produtos. O trecho leiloado é o primeiro passo para integrar o Oeste ao Leste do Brasil. Já nesta primeira etapa a FIOL contribui para o fortalecimento da economia do estado, elevando a Bahia ao lugar de terceiro maior produtor de minério de ferro do País, atrás somente do Pará e Minas Gerais.

Para dirigentes e representantes ouvidos sobre a obra, a garantia de escoamento de cargas por um modal seguro e eficiente estimula a produção e promove a sinergia entre diferentes cadeias produtivas. Além disso, destacam os ganhos ambientais da ferrovia em comparação com o setor rodoviário, que comprovam o acerto do projeto e a sustentabilidade da operação.

Odacil Ranzi, produtor rural e presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia – Aiba, disse que a FIOL será importante para reduzir custos. Segundo ele, a produção de grãos e fibras na região, é de 6,7 milhões de toneladas de soja, 1,8 milhão de toneladas de milho e 1,28 milhão de toneladas de algodão. Além desse volume há 16,5 mil toneladas de café e outros produtos agrícolas em ascensão, como o trigo e a fruticultura, que tem potencial de exportação. “A ferrovia vai aumentar a eficiência do escoamento da nossa produção. Isso significa redução dos custos, ampliação da capacidade de carga e maior agilidade no transporte. Esses fatores beneficiam os produtores rurais e refletem, diretamente, nos investimentos que devem gerar mais emprego e renda para o Oeste da Bahia”, afirmou.

Uma rota de crescimento sustentável de emprego, de renda e de oportunidades

A capacidade de impulsionar negócios locais e regionais já é uma realidade para a FIOL e a BAMIN. O operador logístico planeja instalar até 36 pátios de cargas ao longo de 20 municípios deste primeiro trecho, criando oportunidades para cargas regionais, alavancando as cadeias produtivas instaladas no percurso. A procura de empresas interessadas em utilizar a ferrovia já é uma constante, segundo a BAMIN.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT identificou em um estudo, a possibilidade de que produtores do agronegócio na região agreguem aproximadamente 19 milhões de toneladas de cargas anualmente. Além disso, há outras mineradoras, algumas já operando e outras em estágio de pesquisa, ao longo da linha férrea.

O presidente da BAMIN, Eduardo Ledsham, afirma que a empresa está aberta para formar parcerias. E elas podem ocorrer de várias maneiras, seja na busca de clientes para a utilização da malha ferroviária, seja com investimentos ou na operação. “A FIOL vai muito além da BAMIN. Isso é um fato. As oportunidades que surgem ao longo da ferrovia são enormes. Há outras mineradoras com depósitos próximos, novas descobertas acontecendo. Isso tudo vai acelerar porque agora a infraestrutura será realidade com a carga da BAMIN. Naturalmente, quem tiver interesse vai aparecer e nós estamos abertos a conversar”.

Eduardo Ledsham

Todo o empenho e otimismo em torno da FIOL faz muito sentido. A via liga as pontas de duas cadeias logísticas, do agronegócio e da mineração, da produção à exportação. E no percurso irá possibilitar novos negócios, arrecadação de impostos, empregos e geração de renda. O Ministério da Infraestrutura aponta para a criação de 55 mil empregos com a construção da linha férrea, ao longo de cinco anos.

O diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários – ANTF, Fernando Paes, destacou o fato de que se trata de uma via de mão dupla: leva a produção e volta com insumos para o produtor. “No sentido porto-interior, a ferrovia também poderá transportar fertilizantes, entre outros produtos. Com a FIOL, ganha o modal ferroviário, pela expansão da malha e maior participação na matriz de transportes de cargas e ganham a economia e a sociedade brasileiras, com mais obras, mais trabalho, mais renda e um novo corredor de exportação”, afirmou.

Um projeto com sustentabilidade ambiental

Ao participar do leilão da subconcessão da FIOL vencido pela BAMIN, a Secretária Especial da Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos – PPI, no Ministério da Infraestrutura, Marta Sillier, destacou a importância do projeto e se dirigiu aos executivos da BAMIN. “Estive pessoalmente conhecendo o trabalho de vocês em Caetité, na Bahia e fiquei encantada de ver, não só os investimentos, os empregos, mas encantada de ver todo o cuidado com o desenvolvimento sustentável, o trabalho que vocês fazem; a atenção com o meio ambiente, a atenção com todas as condicionantes dos licenciamentos e agora, acreditando que este projeto ferroviário vai levar mais investimentos e mais empregos para este estado tão importante”.

A partir do leilão da FIOL a BAMIN tem 120 dias para um reconhecimento mais abrangente de toda a obra, para identificar questões relevantes e conhecer profundamente todos os passivos ambientais.

O compromisso socioambiental está presente em todos os negócios da BAMIN

A proteção ao meio ambiente é uma das principais prioridades em todos os empreendimentos, segundo a BAMIN. A empresa atende a todas as exigências do licenciamento ambiental tanto do IBAMA, responsável pelas licenças do porto, quanto do INEMA, agência responsável pelos licenciamentos da mina.

Além disso, todos os projetos foram apresentados e debatidos em audiências públicas e reuniões com todas as comunidades locais. “Da mesma forma será feito com a FIOL. Cumpriremos todas as exigências do EIA/RIMA”, afirma Ledsham.

A BAMIN mantém inúmeros programas e projetos socioambientais, tanto na mina Pedra de Ferro como no Porto Sul. Na Mina Pedra de Ferro já foram realizados 30 programas e subprogramas socioambientais do Plano Básico Ambiental – PBA aprovados pelo INEMA e 14 programas e subprogramas sociais estão em andamento, abrangendo 113 comunidades no entorno.

Atualmente, a BAMIN possui um projeto licenciado pelo INEMA que prevê a construção de uma barragem de rejeitos a jusante com coeficiente de estabilidade e segurança de 2,24, bem acima dos índices exigidos pela legislação brasileira e práticas internacionais que é de 1.5.

Buscando garantir a máxima segurança, a BAMIN vem estudando nos últimos dois anos a incorporação de um sistema de filtragem de rejeitos, que reduzirá a umidade do rejeito, aumentando significativamente a recuperação de água, convertendo a barragem de rejeitos para uma unidade de pilha seca. A conclusão da engenharia básica será apresentada nos próximos meses ao INEMA e à ANM para análise técnica. Além dos aspectos de segurança das instalações de filtragem de rejeitos, a recuperação de água acima de 90% reduzirá significativamente o uso do recurso.

Minério de ferro premium: alta qualidade que gera sustentabilidade

Pela qualidade que possui, o minério extraído e beneficiado pela mineradora tem a característica de permitir a redução de emissões de CO2 no processo de siderurgia, o que eleva a performance da indústria. O minério premium tem elevado grau de pureza e o processo de beneficiamento demanda menor volume de água e energia. Na mina, mais de 90% da água empregada no processo será reutilizada, em mais uma prática sustentável.

Empresa está no Brasil há 15 anos

Há 15 anos a BAMIN está presente no Brasil, investindo continuamente em seus negócios, que incluem a Mina Pedra de Ferro, na região de Caetité, o Porto Sul, em Ilhéus, e agora na operação da FIOL. A empresa faz parte do grupo Eurasian Resources Group (ERG), líder em mineração, metais e logística. O ERG é também o maior operador de transportes da Ásia Central, com ampla experiência em ferrovias.

A Mina Pedra de Ferro tem atualmente capacidade de produção para dois milhões de toneladas por ano e tem como meta a produção total de 18 milhões de toneladas anuais.

Porto Sul terá capacidade para operar 42 milhões de toneladas/ano

Em 2020, a obra de construção do Porto Sul, em Ilhéus, começou a se tornar realidade. A expectativa é de que em cinco anos o terminal portuário, com capacidade para até 42 milhões de toneladas por ano, esteja em operação, mesmo período em que a FIOL também começará a transportar as primeiras cargas pelo Trecho 1. “Esta obra, um sonho antigo dos baianos, realizada em parceria com a BAMIN, fortalece também a relação da Bahia com outros países a partir da atividade portuária”, comentou o governador da Bahia, Rui Costa.

Com o porto funcionando, a BAMIN vai exportar a sua produção para o mercado internacional, disponibilizando 50% da capacidade total do complexo também para outras cargas – tais como grãos, fertilizantes e outros minérios. O terminal deve se tornar o primeiro do Nordeste a receber navios com capacidade de até 220 mil toneladas. “O Porto Sul integrará um importante corredor logístico para o agronegócio e mineração do estado, representando boas oportunidades, emprego e renda não só para o Sul da Bahia, mas também para a região Oeste e interior”, disse Costa.

De acordo com o governo, a primeira etapa da obra, já iniciada, inclui a construção da ponte rodoviária sobre o Rio Almada, com vias, sinalização, implantação de redes elétrica e de água, entre outras ações, com conclusão prevista para 2022.

Projeto do porto fará reflorestamento de 313 hectares de APP

O Porto Sul ocupa apenas 1% da APA – Área de Proteção Ambiental. Como medidas de cuidados e preservação ambiental estão sendo adotados 37 programas e subprogramas socioambientais. O projeto de reflorestamento contempla 313 hectares de Áreas de Proteção Permanente (APP), priorizando a utilização de espécies nativas cultivadas e propagadas em viveiros próprios. Como compensação, foi criado o Parque Estadual Ponta da Tulha, com 1.703 hectares – área com representativos de todas as fitofisionomias características da Mata Atlântica local.