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Cosan define metas de redução de emissões de gás carbônico para até 2030

07.07.2020 | | Notícias do Mercado

Companhias divulgou compromissos a serem alcançados por Raízen e Rumo

 

Foto: Getty Images

O grupo Cosan, um dos maiores conglomerados empresariais do país, divulgou nesta sexta-feira (3) o compromisso de cortar 10% na pegada de carbono do etanol, produzido pela co-controlada Raízen, até 2030, e de 15% nas emissões, medida em tonelada por km útil na concessionária de ferrovia Rumo, até 2025.

 

As ações integram o Relatório de Sustentabilidade de 2019 da companhia, lançado agora com a definição de dez compromissos e metas para todas as empresas do grupo.

 

O documento, disse Luís Henrique Guimarães, presidente da Cosan, é resultado de vários anos de trabalho interno sobre esse tema. Essa agenda começou a ser apresentada durante os encontros com investidores, os “Cosan Day”.

Ganhou aprimoramentos e dimensão, envolvendo, além de Raízen e Rumo, a empresa de gás canalizado Comgás e a de lubrificantes Moove. Foi aprovado pelo conselho de administração alguns dias atrás.

Os compromissos vão desde segurança, eficiência energética, diversidade de gêneros no grupo, formas de financiamento atreladas a critérios de sustentabilidade, gestão dos negócios alinhadas com aspectos ambientais, sociais e de governança até redução de emissões de carbono por atividades de suas empresas.

Nesta semana, por exemplo, a Rumo fez a emissão de “green notes” no valor de US$ 500 milhões, com vencimento em janeiro de 2028. Os recursos serão destinados ao financiamento de novos investimentos dentro do conceito de sustentabilidade e “projetos verdes” nos programas de expansão da malha de ferrovia da malha de ferrovia da empresa no país.

 

“Não foi da noite para o dia que preparamos e levamos ao mercado essa operação de captação dentro desse conceito. O processo durou cerca de um ano e meio de preparação”, afirmou Paula Kovarsky, chefe do escritório do grupo em Nova York e diretora de relações com investidores da Cosan S.A.

 

O portfólio de negócios do grupo abrange desde produção e comércio de combustíveis de origem fóssil (refino de petróleo, venda de gasolina e diesel, fabricação de lubrificantes) a combustíveis limpos e renováveis (etanol, energia de biomassa e gás).

Para Guimarães, o ponto crucial é o equilibrio e o compromisso com a sustentabilidade econômica, ambiental e social de cada negócio. “Para nós, a chave está no ganho de eficiência energética de nossas operações”.

Ele lembra que a Rumo, ao gastar menos combustível, além do ganho econômico, gera menos emissões de carbono. E, à medida que amplia suas operações — com novas linhas férras e fortemente focada no transporte de grãos —, substitui milhares de caminhões nas estradas, movidos a diesel. Um caminhão, disse ele, tem emissão quatro vezes superior do que as locomotivas de um trem de 120 vagões.

Kovarsky lembra que o olhar do mercado investidor em negócios sustentáveis vem ganhando força. O movimento começou pela Europa, chegou aos Estados Unidos e agora também no Brasil. “Há mais de 18 meses viemos trabalhando para definir um programa de metas mais robusto para as empresas e gerar um relatório abrangente”, disse.

Para o presidente da Cosan, o ponto-chave está em balancear a sustentabilidade econômica de cada negócio com responsabilidade social e ambiental. E que, no Brasil, com sua ampla matriz energética, isso se torna mais fácil de alcançar.

 

Fonte: Valor Investe

Data: 03/07/2020