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Disputando espaço com a China, EUA querem comprar mais minério do Brasil

16.06.2020 | | Notícias do Mercado

País espera fechar “mini acordo” comercial com o Brasil até o fim do ano, nos moldes do que Trump negociou com México e Canadá

 

BIRCH RUN, MI – AUGUST 11: Republican presidential candidate Donald Trump speaks at a press conference before delivering the keynote address at the Genesee and Saginaw Republican Party Lincoln Day Event August 11, 2015 in Birch Run, Michigan. This is Trump’s first campaign event since his Republican debate last week. (Photo by Bill Pugliano/Getty Images)

Como parte da aproximação diplomática entre os presidentes brasileiro e norte-americano, Jair Bolsonaro e Donald Trump, a pauta dos acordos bilaterais parece estar avançando. Há, no horizonte próximo, um possível acordo de livre comércio entre os dois países sendo negociado.

De acordo com fontes da diplomacia dos Estados Unidos no Brasil, será dada, até o fim do ano, uma maior atenção ao setor mineral brasileiro. O país busca mais fontes de matéria-prima para produtos tecnológicos, como computadores e celulares, pois consideram que estão com mercado fornecedor restrito nesse setor.

É um interesse que vai além do alumínio e do aço, produtos de destaque na pauta de exportações do Brasil para os EUA e que foram tema de polêmica quando Trump aumentou as tarifas de exportação para o Brasil, voltando atrás dias depois.

O mini acordo

Segundo fontes da diplomacia norte-americana, os moldes do acordo que está sendo costurado com o Brasil seriam muito parecidos com os primeiros capítulos do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), que substituiu o antigo Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).

A prova da boa vontade americana é a chegada de um embaixador, Todd Chapman, que expressa publicamente o objetivo de dobrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos nos próximos cinco anos. Caso isso ocorresse, os americanos disputariam com a China o lugar de maior parceiro comercial do Brasil.

A relação entre os presidentes tem peso e o governo Trump está disposto, segundo informam fontes do país, a ignorar as reclamações de parlamentares norte-americanos oposicionistas sobre a aproximação com o Brasil, mas a mão amiga dos americanos tem a ver com uma disputa internacional por influência com a própria China.

O Brasil prepara um leilão para escolher empresas que vão instalar a rede de telefonia 5G no Brasil, um negócio de R$ 20 bilhões, mas que envolve mais que dinheiro.

 

Fonte: Metrópoles

Data: 12/06/2020