06.06.2022 | Assessoria de Imprensa | Notícias do Mercado
Fonte: Correio do Povo Data: 03/06/2022
A ferrovia Nova Ferroeste, um projeto do governo do Paraná que vai ligar o Porto de Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul, por trilhos, poderá chegar até o Rio Grande do Sul. Depois que um estudo de viabilidade técnico e econômico foi contratado para analisar uma incorporação de um ramal ferroviário entre Cascavel (PR) e Chapecó (SC), representantes do setor produtivo gaúcho também pediram um trabalho similar para um traçado entre Passo Fundo e Chapecó, conectado ao novo trecho, a ser realizado nos próximos meses.
Uma reunião de articulação, coordenada pelo senador Luis Carlos Heinze Heinze, foi realizada nesta semana para traçar estratégicas e formas de estender a ferrovia. A proposta inclui a revitalização de um trecho já existente entre Erechim e Passo Fundo e construção de um novo desde Erechim, até o vizinho estado catarinense. “A proposta é acrescentar o ramal ao edital que será lançado ainda neste ano, para ganharmos tempo. Ou ainda, criar condições para anexação futura sem necessidade de recomeçar o processo do zero”, explicou Heinze.
O senador detalhou que a mobilização tem como base o modelo implementado pelo governo federal que concede autorização de longo prazo. “Os projetos nesse tipo de modal passaram a ser mais atrativos, pois agora a União concede permissão para que o empreendimento seja gerido pela iniciativa privada por 99 anos prorrogáveis. Diante da viabilidade econômica, reunir interessados é factível”, assegura.
Também participaram da reunião representantes das associações Comercial Industrial de Chapecó (Acic), Gaúcha de Avicultura (Asgav), da Cooperativa Aurora e da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
O traçado inicial da Ferroeste prevê a ligação de 1.591 km entre Maracajú, no Mato Grosso do Sul; ao Porto de Paranaguá, no Paraná. Com a incorporação de mais 263 quilômetros a malha, a partir de Cascavel (PR), terá dois ramais ligando Foz do Iguaçu e Chapecó. A previsão de investimento total na obra, já somados os R$ 6,8 bilhões até Chapecó, é estimado em R$ 35 bilhões. A estimativa do senador é de que para operacionalizar os 180 quilômetros do Rio Grande do Sul, sejam necessários mais R$ 4,3 bilhões.