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CCR tem intenção de viabilizar primeiros trens a hidrogênio no Brasil

12.12.2023 | | Notícias do Mercado

Fonte: Metrô CPTM
Data: 07/12/2023

Um dos temas mais debatidos da atualidade é a transição energética. No setor ferroviário a utilização de energias limpas, como trens tracionados a hidrogênio, vem sendo estudadas e gradualmente desenvolvidas. O Grupo CCR, atualmente um dos principais operadores ferroviários do Brasil, pretende apostar na tecnologia.

Executivos do grupo realizaram duas visitas técnicas internacionais em países que estão desenvolvendo tecnologias de trens movidos a hidrogênio. O modelo poderá representar reduções significativas de emissão de poluentes.

Na Coreia do Sul, a fabricante Hyundai Rotem, mesma empresa que produziu os trens da Série 9500, concluiu o desenvolvimento do seu primeiro VLT a hidrogênio. O projeto, que recebeu investimento estatal, é gerenciado pela empresa, que pretende desenvolver TUEs, locomotivas e trens de alta velocidade.

O Grupo CCR firmou um acordo junto à fabricante sul-coreana para estudar a viabilidade de um VLT movido a hidrogênio verde no Brasil. A ideia é que o combustível seja fabricado utilizando energias limpas.

A visita da comitiva também contemplou a Alemanha, país onde opera o Coradia iLint, fabricado pela Alstom. O trem começou a operar em 2018 e atualmente já existem serviços de passageiros regulares no país com este tipo de trem.

A adoção de sistemas de transporte baseados em hidrogênio não deverá ser focado nas linhas já existentes, a princípio. O grupo empresarial pretende avaliar a adoção deste modelo em operações futuras.

Uma das grandes vantagens na adoção de trens a hidrogênio é a dispensa das locomotivas a diesel na operação regular. Em trechos onde a demanda é menor, operar com trens elétricos que dispensam estruturas de alimentação como terceiro trilho ou catenárias representa reduções significativas de investimentos.

O Brasil também tem grandes vantagens. O potencial solar e eólico do país permite que a produção de hidrogênio verde possa avançar de forma significativa nos próximos anos.

Apesar de ainda não existirem planos concretos para a adoção da tecnologia no país, a iniciativa na sondagem e a parceria em estudos pode significar os primeiros passos para uma mobilidade mais barata e sustentável em médias cidades que geralmente são carentes de sistemas de mobilidade urbana.