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Cessões do Governo Federal para Construção de Ferrovias pelo Brasil já contam com 78 pedidos de empresas interessadas e previsão de criação de mais de 2 milhões de empregos

27.06.2022 | | Notícias do Mercado

Fonte: Click Petróleo e Gás
Data: 25/06/2022

Por meio de suas redes sociais, o presidente da República, Jair Bolsonaro, fez um pronunciamento nesse sábado (25) apontando para novas negociações no setor de ferrovias no Brasil. Segundo ele, o Governo Federal estaria buscando restaurar o moral ferroviário para ampliar os meios de transporte disponíveis no país. Até o momento, o governo já teria 78 requerimentos para construção e operação de ferrovias a partir de iniciativa privada, o que geraria mais de 2 milhões de novos empregos diretos e indiretos.

O investimento total a partir da iniciativa privada estaria somado em R$ 237 bilhões para dar vida nova às ferrovias em todo o território nacional. As concessões do Governo Federal para a iniciativa privada poderão estimular e reerguer um meio de transporte de custo favorável, principalmente em um momento em que o preço dos combustíveis está em alta. Saiba mais na matéria de hoje.

Ferrovias existem no Brasil há 70 anos e estão precarizadas devido ao abandono

malha ferroviária no Brasil já existe há 70 anos e se encontra em situação precária, sendo pouco utilizada para escoamento de produção, que seria a finalidade. Os trens foram muito usados para transporte do café na época colonial, geraram diversos empregos na época e atingiram uma cobertura de 31 mil quilômetros em 1957, quando foi o melhor resultado. No entanto, depois disso, as ferrovias não tiveram mais investimento e ficaram abandonadas ao tempo.

“O panorama está péssimo. O que foi feito até agora não pode ser considerado avanço. Não se resolveu o transporte de passageiros no Brasil. Nós, da sociedade civil, estamos preocupados com o Marco Regulatório das Ferrovias e com as autorizações para as hotlines (ferrovias integradas com outros modais). Na hora de fazer as concessões, não se criou a exigência de se passar ferrovias de passageiros. Não podem ser apenas ferrovias de carga. Hoje usam-se ferrovias apenas para exportar soja, milho, açúcar e ferro”

José Manoel Gonçalves, presidente da Ferrofrente em declaração ao Correio Braziliense (2021)

Segundo o Ministério da infraestrutura, em 2021, as ferrovias compõe, juntas, apenas 15% da parcela de meios de transporte em uso no Brasil, o que é muito pouco. O Brasil é um país que tem dimensões continentais e precisa distribuir sua produção por mais de 8 mil quilômetros quadrados, o que é um grande desafio por meio de rodovias e transporte marítimo apenas.

O fortalecimento da malha ferroviária pelo Governo Federal e iniciativa privada pode levar desenvolvimento econômico a diversas regiões do Brasil e reduzir os custos de escoamento da produção de bens e insumos

Em um momento em que os combustíveis estão com preços alarmantes, devido à inflação, a busca por meios de transporte alternativos pode ser uma ótima saída. A malha ferroviária seria uma dessas alternativas e reduziria os custos de escoamento da produção de bens e insumos. Além disso, levaria desenvolvimento econômico e milhões de empregos, em um momento em que muitas pessoas precisam de oportunidades de trabalho.

Esse meio de transporte reduz os impactos ambientais, acelera o processo de transporte pelo menor uso de rodovias e ainda conecta diferentes regiões do Brasil. Segundo o levantamento da Ferrofrente, uma entidade de impulsionamento do setor, os veículos movidos a gasolina, diesel e etanol podem chegar a ser quatro vezes mais poluentes do que os trens.

O desafio de conectar o país por meio de ferrovias é um desafio e tanto, tendo em vista a diversidade de biomas existentes e grandes regiões de mata em preservação ambiental e bacias hidrográficas. No entanto, outras alternativas e vias podem ser pensadas, basta apenas o investimento, que virá da iniciativa privada, ao que tudo aponta, e irá gerar milhões de novos empregos.