17.01.2020 | ABIFER | Notícias do Mercado
Nesta sexta-feira, o governador João Doria assina a ordem de serviço que dará início às obras de extensão da Linha 2-Verde até a Penha
Foi no dia 13 de abril de 2015 a última vez que São Paulo testemunhou o início das obras de mais uma linha de metrô. O ramal em questão era a Linha 6-Laranja, uma PPP plena tocada pela concessionária Move São Paulo que naquela data iniciou os trabalhos após meses de atraso por conta de desapropriações. Como se sabe, o projeto está parado à espera da venda da concessão para a Acciona, num processo que deve ser resolvido até o próximo dia 9.
O início de fato das obras deverá ocorrer dentro de algumas semanas, o que pode ser facilitado pelo fato de quase todos os terrenos estarem liberados, ao contrário do que ocorreu com a Linha 6, por exemplo.
Atualmente, o governo toca três linhas metroviárias, a 4-Amarela, a 15-Prata e a 17-Ouro, todas elas há anos em obras. Esta última, por exemplo, teve início em abril de 2012, ainda sob a perspectiva de ser entregue para a Copa do Mundo. De lá para cá, o governo do estado licitou duas PPPs, a da Linha 6 e da Linha 18, mas nenhuma avançou – o monotrilho acabou cancelado no ano passado.
Por isso, a obra da Linha 2 é tão significativa. Ela também marca a retomada da expansão subterrânea do metrô, considerada a mais importante para a Grande São Paulo por ter um impacto menor por onde passa e por ser uma linha de grande demanda. Segundo o governo, esse novo trecho de 8,3 km e oito estações atrairá diariamente 377 mil passageiros, número que subirá ainda mais quando ela chegar à Guarulhos numa segunda fase.
O custo do projeto é estimado em R$ 5,5 bilhões e o prazo informado na época do anúncio no ano passado é de que fique pronta em 2025. Quando isso ocorrer, a Linha 2-Verde será uma das maiores e mais movimentadas linhas do país e terá a importante tarefa de atrair parte da demanda que hoje está na Linha 3-Vermelha. Para isso, haverá uma interligação na estação Penha que permitirá que os passageiros cheguem à regiões como a avenida Paulista ou a Zona Sul de São Paulo sem passar pelo centro da capital.
Para tirá-la do papel, no entanto, Doria precisou que os consórcios vencedores se reorganizassem já que a licitação havia ocorrido em 2014 e muitas empresas estão em dificuldades financeiras como a Mendes Junior e a CR Almeida. Por isso, novos integrantes chegaram como a empresa PowerChina.
Ao contrário do que tem pregado Doria, as obras da Linha 2-Verde serão um projeto convencional sem a participação da iniciativa privada. Os próximos projetos, no entanto, devem envolver concessões e parcerias já que o governo do estado já não conta com tantos recursos em caixa para bancar essas obras.
Fonte: Metrô/CPTM
Data: 17/01/2020