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Consórcio que ofereceu melhor proposta para Linha 17-Ouro do metrô promete entregar trens com prazo 50% do originalmente estimado pelo edital

15.10.2019 | | Notícias do Mercado

Nota do Consórcio Signalling ressalta “experiência comprovada” e união de empresas nacionais

 

Linha 17 Ouro do Metrô de SP fará conexão com a Linha 9 Esmeralda da CPTM

O Consórcio Signalling, que ofereceu a melhor proposta na Licitação da Linha 17-Ouro, realizado no dia 07 de outubro de 2019, acaba de divulgar nota à imprensa destacando a experiência das empresas que o compõem.

O Consórcio é composto por duas empresas nacionais – Ttrans e Bom Sinal – e uma empresa suíça, a Molinari.

O proprietário da TTrans, Sidnei Piva de Jesus, é um dos sócios da Itapemirim.

Um dos mais importantes diferenciais do consórcio, afirma a nota, “é a união das maiores empresas nacionais do segmento (TTrans e Bom Sinal), suportada por uma empresa suíça com grande experiência em sistema (Molinari)”.

Liderado pela TTrans, a Nota do Consórcio tem como motivação afastar eventuais dúvidas quanto à capacidade das três empresas de empreenderem o projeto, afirmando logo de saída que o grupo conta com mais de 20 anos de experiência técnica “para o desenvolvimento bem como competência nas suas realizações metroferroviarias”.

Graças à essa experiência acumulada, o Consórcio garante que “foram reduzidas possíveis adaptações para a competitividade de custo e entrega no menor prazo possível, com foco em manter as bases do projeto original da SCOMI, já homologados, minimizando assim possíveis riscos técnicos relacionados aos produtos, sistemas e projeto civil (já em andamento)”.

Como destaque, o Consórcio afirma que vai reduzir o prazo de entrega do material rodante, grande dúvida do mercado após a quebra da Scomi, responsável por fornecer os trens no projeto original: “Em alinhamento a necessidade da mobilidade urbana de São Paulo, bem como a retomada das obras paralisadas, a solução de engenharia apresentada possibilita a redução do prazo de entrega do material rodante em até 50% do originalmente estimado pelo edital do projeto”.

Leia nota na íntegra:

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HISTÓRICO

O Consórcio Signalling ofereceu a melhor proposta na Licitação da Linha 17-Ouro, realizado no dia 07 de outubro de 2019.

Caso seja declarado oficialmente vencedor do certame, ele será o responsável por fornecer 14 trens para a linha 17-Ouro do monotrilho.

A concorrência engloba também a instalação de portas de plataforma nas oito estações da linha e os equipamentos para o sistema de alimentação elétrica, aparelhos de mudança de via e de manutenção dos trens.

Apesar de ter apresentado o menor preço, a proposta depende agora de análises por parte do Metrô de SP para ser oficializada e homologada, assim como podem surgir recursos dos demais concorrentes.

O consórcio, liderado pela TTRANS (Trans Sistemas de Transportes Ltda), ofereceu a melhor oferta (R$ 982,177 milhões) diante dos concorrentes CQCT Golden Phoenix (R$ 1,332 bilhão) e BYD Skyrail São Paulo (R$ 988,985 milhões).

Como mostrou o Diário do Transporte, o Metrô de São Paulo, em 13 de setembro de 2019, havia adiado para hoje a Sessão Pública de Recebimento e Abertura da licitação internacional para a compra dos 14 trens e dos sistemas de sinalização para a linha 17.

É a última etapa para a conclusão da linha que deveria ter sido entregue em 2014.

Já as obras de conclusão das estações do monotrilho, conforme divulgado pela Companhia de Metrô de São Paulo no dia 11 de setembro de 2019, serão assumidas pela Constran Internacional Construções S.A., como mostrou o Diário do Transporte.

O contrato envolve as obras civis remanescentes, acabamento, paisagismo, comunicação visual, instalações hidráulicas, implantação de ciclovia, recapeamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho e fabricação e lançamento das vigas que vão sustentar os trens leves que circulam com pneus.

FALÊNCIA DA SCOMI

O Metrô de São Paulo havia informado no dia 11 de julho passado que a licitação internacional seria para a compra de 14 trens e dos sistemas de sinalização para a linha 17-Ouro do monotrilho.

A Scomi, empresa da Malásia que iria fabricar as composições, entrou em processo de falência.

A concorrência engloba também a instalação de portas de plataforma nas oito estações da linha e os equipamentos para o sistema de alimentação elétrica, aparelhos de mudança de via e de manutenção dos trens.

Em nota, o Metrô explicou que o novo contrato vai substituir a contratação do Consórcio Monotrilho Integração (CMI).

Essa nova contratação vai substituir o Consórcio Monotrilho Integração (CMI), cujo acordo foi rescindido este ano pela atual gestão do Metrô, após constantes atrasos e redução no ritmo dos trabalhos pelo consórcio. Os problemas também levaram a aplicação de multas no valor de R$ 88 milhões, além da suspensão das empresas integrantes do consórcio de novas licitações e contratos com a administração estadual de São Paulo pelo período de dois anos.

RESCISÃO

A Companhia do Metropolitano de São Paulo decidiu rescindir o contrato de construção do monotrilho da Linha 17-Ouro em março deste ano. O governo do estado de São Paulo alegou que o Consórcio responsável vinha atuando com lentidão na condução das obras.

As obras do Monotrilho da Linha 17-Ouro estavam sob responsabilidade do Consórcio Monotrilho Integração, formado pelas empresas CR Almeida, Andrade Gutierrez, Scomi (que desistiu da obra) e MPE.

O grupo era responsável pela implantação de itens como vias, portas de plataformas, sistemas de sinalização, material rodante e CCO – Centro de Controle Operacional do trecho que vai das estações Jardim Aeroporto a Morumbi.

O governo informou ainda que buscou acelerar o ritmo da obra, mas com a falência da fábrica dos trens, a Scomi da Malásia, ficou inviável concluir o projeto.

O Metrô de SP prometeu então realizar uma nova licitação para a retomada da Linha 17-Ouro, cujo traçado prevê a ligação do aeroporto de Congonhas até a estação Morumbi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

No dia 27 de maio de 2019, o Metrô publicou o edital de licitação para conclusão das obras de estações da linha de monotrilho.

A entrega das propostas foi marcada para 02 de agosto.. A concorrência envolveu as estações Congonhas, Brooklin Paulista, Jardim Aeroporto, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Pátio Água Espraiada.

Além do acabamento, paisagismo, instalações hidráulicas e comunicação visual, as intervenções envolvem implantação de ciclovia, recapeamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho, construção de um centro comunitário e esportivo e a construção das vigas pré-moldadas dos elevados dos trens leves de média capacidade.

O prazo de vigência contratual é de 36 meses e o critério de julgamento da licitação é o menor preço. O valor do orçamento estimado pelo Metrô para a licitação é sigiloso até a assinatura do contrato.

Já no dia 12 de julho de 2019, o Metrô publicou a abertura de licitação internacional para a compra de 14 trens e dos sistemas de sinalização para a linha 17-Ouro do monotrilho, no que chamou de última etapa para a conclusão da linha que deveria ter sido entregue em 2014.

A sessão de recebimento das propostas foi marcada para 15 de setembro. No dia 13 de setembro, dois dias antes, o Metrô adiou a Sessão Pública de Recebimento e Abertura da licitação internacional para 07 de outubro, que finalmente aconteceu conforme previsto.

 

Fonte: Diário do Transporte

Data: 15/10/2019