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Crescimento do transporte ferroviário impulsiona mercado de ferreomodelismo

20.07.2023 | | Notícias do Mercado

Fonte: Frateschi
Data: 19/07/2023

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o transporte ferroviário no Brasil não acabou, pelo contrário, está em plena expansão, e hoje os trens são o segundo meio de transporte de carga mais utilizado no país, perdendo apenas para o rodoviário. Nesses mais de 26 anos de concessão à iniciativa privada, as ferrovias aumentaram sua participação na matriz de transporte de cargas do Brasil para 21,5% de share, de acordo com o Plano Nacional de Logística (PNL 2035), e ainda há espaço para crescer. O transporte de cargas via rodovias representa 67,6%, enquanto o aquaviário e os demais representam quase 11%

Segundo dados da Associação Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTT), o número de empregos no setor, diretos e indiretos, cresceu 218% desde 1997, passando de 13.506 para 42.979 em 2022. Outro aumento expressivo está na frota de material rodante. Em 1997, as ferrovias contavam com 1.154 locomotivas; em 2022, já somavam 3.100 unidades, representando um aumento de 169%. No mesmo período, o número de vagões passou de 43.816 para 112.640, uma alta de 157%.

A atual performance do transporte ferroviário impulsiona outros mercados, como o de trens elétricos em miniaturas para colecionadores e praticantes do ferreomodelismo, um dos hobbies mais antigos do mundo. Sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente, e as primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.

“O ferreomodelismo é uma mistura de entretenimento, baseado em modelos de escala, e arte, pois os amantes deste hobby ficam fascinados quando começam a construir suas maquetes, fazer toda a parte de decoração e cenário e projetar as construções. É preciso ter capacidade de observação para se construir uma maquete, pois todo esse trabalho de reprodução do mundo real é totalmente artesanal”, diz Lucas Frateschi, diretor da Frateschi Trens Elétricos, empresa com sede em Ribeirão Preto, no interior paulista, que possui 56 anos de atuação no mercado e é a única fabricante de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais na América Latina. “As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda a mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do ferreomodelismo para as futuras gerações”, finaliza Lucas.