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Em meio à onda de violência, Metrô testa detectores de metal nas estações

12.09.2022 | | Notícias do Mercado

Fonte: Metrô CPTM
Data: 11/09/2022

Pressionado pelos inesperados relatos de violência dentro das suas estações nas últimas semanas, o Metrô de São Paulo anunciou na última sexta-feira (9) que iniciou um projeto piloto de instalação de detectores de metal em duas estações, Saúde (Linha 1-Azul) e Pedro II (Linha 3-Vermelha).

As torres de detecção de metais foram colocadas logo à frente dos bloqueios e estão sendo operadas com a ajuda de agentes da Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano) .

A empresa, no entanto, não detalhou como pretende viabilizar o uso do equipamento, comumemente visto em aeroportos ou agências bancárias, para controlar a entrada de armas de fogo em seu sistema. Com um fluxo de passageiros diários na casa dos seis dígitos, parece humanamente impossível verificar essa situação sem que não sejam formadas filas enormes nos acessos.

Na curta nota divulgada dois dias atrás, o Metrô afirma que “o conjunto de medidas para o reforço da segurança envolve também a celebração, nos próximos dias, de um convênio com a Polícia Militar para prevenir a ação de criminosos em sintonia com os agentes do Metrô“.

A ideia do Metrô é replicar o convênio que a CPTM assinou com a Polícia Militar anos atrás a fim de que os policiais da força possam fazer “bicos” durante as folgas, patrulhando as estações.

Segundo o Sindicato dos Metroviários, o aumento nos casos de roubos nas estações ocorre por conta da redução do número de funcionários na empresa. Foi a mesma causa apontada pela entidade para a queda de uma passageira deficiente visual na via da estação Trianon-MASP no dia 1º de setembro – não havia ninguém da companhia acompanhando a usuária, que felizmente sobreviveu.

Segundo levantamento da TV Globo, o Metrô teria ao menos 900 cargo de operador metroviário vagos. A empresa enfrenta uma grave crise financeira por conta da queda na demanda de passageiros, causada pela pandemia do Covid-19. Além disso, a tarifa está congelada há dois anos, obrigado o governo do estado a cobrir os déficits.