23.10.2023 | Assessoria de Imprensa | Notícias do Mercado
Fonte: Folha de S.Paulo
Data: 23/10/2023
A concessionária VLI, que administra trechos da Ferrovia Norte-Sul e a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), ampliou o uso de locomotivas semiautônomas em sua malha ferroviária. A estimativa é que o sistema gere economia de até 7% no consumo de combustível em parte de sua área de concessão.
É mais uma iniciativa tomada em ferrovias brasileiras com o objetivo de reduzir custos com combustíveis.
A Rumo anunciou, no início deste mês, que passaria a utilizar em ferrovias do Paraná duas locomotivas híbridas que podem proporcionar redução de até 42% no consumo de combustível. Com motores mais eficientes e uso de baterias para armazenar energia, elas são as primeiras desse modelo a serem usadas no transporte de cargas no país.
O objetivo, de acordo com a empresa, é melhorar a eficiência energética e reduzir a emissão de CO2. Além das 51, somam-se 110 locomotivas no corredor sudeste e outras 29 no leste, chegando a um total hoje de 190.
Conforme a VLI, por meio de um software, o maquinista pode habilitar a condução semiautônoma quando a locomotiva atinge velocidade superior a 8 quilômetros por hora.
A estimativa é que a economia de combustível alcance no ano que vem 7% nos corredores leste e sudeste e 3,5% no corredor norte.
A previsão é que o sistema seja instalado, na primeira etapa, em 226 locomotivas.
O maquinista vai desaparecer? Não, na avaliação da empresa. Por meio da assessoria da VLI, o gerente-geral de engenharia, desenvolvimento e tecnologia operacional, Cesar Toniolo, disse que o profissional segue essencial na operação da locomotiva.
“Ele é responsável por supervisionar a operação do assistente e retomar o controle quando necessário. Cabe a ele assumir o controle do trem em caso de qualquer variável não planejada durante a circulação da composição, garantindo a segurança do sistema ferroviário, bem como executando os procedimentos operacionais de parada ou alertas da passagem do trem”, afirmou.