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Gigante mira energia limpa e digitalização

13.10.2020 | | Notícias do Mercado

A estratégia de crescimento da Weg sempre priorizou a absorção de tecnologia e a criação de novos negócios correlatos à atividade principal.

Seguindo as necessidades de seus clientes em motores, a empresa catarinense se tornou também uma força na área de geração de energia, que hoje representa mais de um terço de sua receita total. De olho nesse potencial, a companhia faz agora uma nova grande aposta, com investimentos em fontes alternativas de geração de eletricidade.

De acordo com o presidente da Weg, Harry Schmelzer Júnior, a companhia começou a atuar nessa linha com as PCHs (pequenas centrais hidrelétricas), passou a fornecer equipamentos para energia eólica e também a produzir painéis solares. Agora, conta o executivo, está de olho em tecnologias que ainda não fazem parte do “mainstream” da cadeia energética: o armazenamento de energia em baterias e a geração a partir da queima do lixo.

A transformação dos rejeitos que se acumulam em lixões no Brasil em energia é um projeto possível com a transformação dos resíduos sólidos urbanos em gás – o projeto foi lançado pelo braço de energia da Weg em 2019 e será viabilizado em parceria com governos. Já as baterias são uma forma de a empresa conservar a energia que hoje é produzida por parques eólicos e solares, mas acaba desperdiçada quando o sistema não consegue absorver a oferta.

Dentro da proposta de buscar segmentos correlatos, a companhia também anunciou recentemente sua entrada no desenvolvimento de motores elétricos para veículos.

“No nosso caso, o nosso foco é a tração elétrica para veículos utilitários, como caminhões e ônibus. Além disso, também estamos trabalhando na criação de uma infraestrutura para abastecimento de carros elétricos”, diz Schmelzer Júnior.

 

“Vinte anos atrás, começou a investir no setor de energia, hoje de seus principais negócios. Ela está sempre buscando inovação.” Thais Cascello, ANALISTA DO ITAÚ BBA

 

Aquisições na pandemia. Outras duas novas frentes são a automação e a digitalização de processos – sempre com prioridade para a área industrial.

“A Weg é uma empresa que, de tempos em tempos, se reinventa. Vinte anos atrás começou a investir no setor de energia, que hoje é um de seus principais negócios. Ela está sempre buscando a inovação – e tem um balanço que permite esse investimento”, explica Thais Cascello, analista do Itaú BBA.

Essa característica pôde ser percebida em plena pandemia de covid-19, quando a empresa anunciou duas aquisições. Em questão de semanas, entre junho e julho, comprou duas startups paulistas voltadas a diferentes aplicações de inteligência articial a processos industriais: a Mvisia e a BirminD.

 

Fonte: Estadão

Data: 11/10/2020