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Governo lança Plano Safra com financiamento de R$ 236,3 bilhões, valor superior ao do ano passado

19.06.2020 | | Notícias do Mercado

Ministra da Agricultura afirma que recursos vão garantir abastecimento no país durante e depois da pandemia de coronavírus

 

Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em lançamento do Plano Safra Foto: Carolina Antunes/PR

BRASÍLIA – O governo anunciou, nesta quarta-feira, a liberação de R$ 236,3 bilhões para financiar a próxima safra brasileira de grãos (2020/21), valor recorde e equivalente a R$ 13,5 bilhões a mais do que foi liberado em 2019. Os financiamentos poderão ser contratados de 1º de julho de 2020 a 30 de junho de 2021.

Do total anunciado, R$ 179,38 bilhões serão destinados ao plantio e à comercialização (5,9% acima do valor da safra passada) dos grãos. Outros R$ 56,92 bilhões serão destinados a investimentos em infraestrutura (aumento de 6,6%).

Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, todos esses recursos vão garantir a continuidade da produção no campo e o abastecimento de alimentos no país durante e após a pandemia de Covid-19.

– Em meio a tantas adversidades, temos conseguido manter a oferta de alimentos no país. Mantivemos o abastecimento em todo o país e honramos os compromissos com nossos parceiros comerciais. A agropecuária é uma atividade nobre. Acredito que, depois da pandemia, vamos valorizar mais quem está no campo – disse a ministra.

Os pequenos produtores rurais terão R$ 33 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 2,75% e 4% ao ano, para custeio e comercialização. Para os médios produtores rurais, serão destinados R$ 33,1 bilhões, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), com taxas de juros de 5% ao ano (custeio e comercialização). Já os grandes produtores pagarão uma taxa de juros de 6% ao ano.

O presidente Jair Bolsonaro destacou que a produção agrícola não parou em momento nenhum, mesmo durante a pandemia de coronavírus:

– A cidade pode parar. Se um dia o campo parar, todos sucumbirão. Nessa pandemia, o campo não parou. O pânico, alguns não conseguiram levar para essa região. Mais do que garantir a segurança alimentar (do país), fez com a que a alimentação não cessasse nas cidades – disse Bolsonaro, acrescentando que queria “render uma homenagem” ao governo de Emílio Médici, responsável pela criação da Embrapa, durante a ditadura militar.

A subvenção ao Prêmio do Seguro Rural teve um acréscimo de 30% no valor, chegando a R$ 1,3 bilhão – o maior montante desde a criação do seguro. De acordo com a Agricultura, o valor deve possibilitar a contratação de 298 mil apólices, num montante segurado da ordem de R$ 52 bilhões e cobertura de 21 milhões de hectares.

Para incentivar a construção de armazéns nas propriedades, serão destinados R$ 2,2 bilhões. Para o financiamento de armazéns com capacidade de até 6 mil toneladas nas propriedades, a taxa de juros é de 5% ao ano.

Outro setor beneficiado será o da pesca comercial, que terá apoio para acessar o crédito rural. Desta forma, a atividade poderá financiar a compra de equipamentos e infraestrutura para processamento, armazenamento e transporte de pescado.

 

Fonte: O Globo

Data: 17/06/2020