30.08.2021 | ABIFER | Notícias do Mercado
Fonte: Diário do Transporte Data: 30/08/2021
A população brasileira foi estimada em 213.317.639 habitantes distribuídos em 5.570 municípios, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A estimativa com o total de habitantes dos estados e dos municípios se refere a 1° de julho de 2021, e saiu publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 27 de agosto de 2021.
A importância destes dados é que eles servem como um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União para realizar o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além e servirem de referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos.
Para o transporte público, além de números puros, interessa verificar em que faixas etárias o crescimento está sendo mais significativo. Isso altera as fontes de receita decorrentes do pagamento das tarifas, no Brasil ainda a principal origem para sustentação dos sistemas de transporte. Na medida em que proporcionalmente há mais idosos, por exemplo, cresce a quantidade dos que viajam sem pagar tarifa, aumentando o percentual das gratuidades, uma das grandes preocupações de evasão de receitas.
Numa estimativa que o IBGE apresenta em seu site, onde estratifica a população por faixa etária, o instituto projeta o crescimento populacional por estados até o ano de 2060.
Tomando São Paulo como exemplo, o que se verifica é que a partir de 2048 o estado passará a ter crescimento negativo, ou seja, teremos mais mortes que nascimentos.
Outro dado é que a curva hoje, estratificada por faixa etária, sofrerá uma mudança de desenho significativa ao longo dos anos. Se hoje há mais pessoas na faixa etária entre 30 e 34 anos, caindo bastante de 70 anos para cima, em 2060 ocorrerá quase que uma igualdade de condições na maioria das idades: a curva perderá a “barriga” e se tornará quase um bloco homogêneo. O que significa que das duas, uma: ou o sistema de gratuidades terá de ser revisto ao longo dos anos, ou o Transporte Público terá obrigatoriamente de ser assumido como um serviço essencial, bancado pelos cofres públicos para garantir sua contribuição social.
DESTAQUES
Pela estimativa para 2021, houve um aumento de 0,73% na comparação com a população estimada do ano passado, quando o IBGE projetou um total de 211,75 milhões de pessoas.
São Paulo é o estado com mais habitantes, com 46,649 milhões, concentrando 21,9% da população total do país, mantendo o mesmo percentual verificado em 2020, quando a população era de 46,289 milhões.
Depois de São Paulo, como estados mais populosos vêm Minas Gerais (21,442 milhões) e Rio de Janeiro (17,463 milhões).
Roraima tem o menor número de habitantes, 652.713. O estado integra a Região Norte, que foi a que teve maior crescimento populacional, 1,26%.
Roraima foi também o estado que mais ganhou habitantes proporcionalmente entre todos os estados do país: 3,41%.
A Região Norte repete em 2021 os fortes crescimentos populacionais verificados recentemente: comparado a 2019, em 2020 o crescimento de 4,19%, quando de 2018 para 2019, o estado havia crescido 5,1%.
O menor crescimento foi do estado do Piauí, de 0,24%, vindo a seguir Bahia, com 0,37%, e Rio Grande do Sul, com 0,38%.