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Investimento Estrangeiro Direto para o Brasil sobe mais de 100% e país é o 7º em captação, diz Unctad

20.01.2022 | | Notícias do Mercado

Fonte: Valor
Data: 19/01/2022

O Brasil recuperou uma posição e subiu para a sétima classificação entre os países que mais atraíram Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2021 globalmente, segundo estimativas da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).

O fluxo de IED para a economia brasileira cresceu mais de 100% no ano passado, passando para US$ 58 bilhões ante U$$ 28 bilhões em 2020. ‘O volume de IED para o Brasil se recuperou em 2021, voltando aos níveis médios de 2016-2019, em volta de US$ 60 bilhões, antes da pandemia, o que mostra que o país continua a atrair investimentos estrangeiros’’, afirmou o economista Astritt Sulstarova, da divisão de investimentos da Unctad.

Em 2020, o Brasil tinha sido o oitavo maior destino de IED, ficando atrás de Tailândia e Luxemburgo, por exemplo. Agora, voltou à sétima posição, sendo superado por EUA, China, Hong Kong, Singapura, Reino Unido (que deu um salto) e Canadá.

Globalmente, o fluxo de IED em 2021 deu um forte salto em 2021, alcançando US$ 1,65 trilhão, ou 77% a mais do que os US$ 929 bilhões registrados em 2020, no auge da pandemia. No caso do Brasil, a maior economia da América Latina, as estimativas da Unctad são baseadas nos dados dos primeiros onze meses de 2021. E a sinalização era de,
apesar das turbulências e incertezas sempre por causa da covid-19, o investidor estrangeiro reativou planos no país.
Os ganhos reinvestidos no Brasil atingiram US$ 24,5 bilhões comparado a apenas US$ 5,5 bilhões em 2020. Ou seja,
companhias estrangeiras voltaram a reinvestir nos níveis de anuais de antes da pandemia para manter ou expandir suas atividades na economia brasileira.

Da mesma forma, os empréstimos entre companhias aumentaram US$ 4 bilhões no ano passado. As matrizes auxiliaram suas subsidiárias, quando em 2020 tinham retirado US$ 5 bilhões do país. Por sua vez, os investimentos em capital (equity) ficaram em torno de US$ 30 bilhões, com alta de 7%.

Outro dado importante foi a alta de projetos “greenfield” — para construção de novas instalações —, enquanto as fusões e aquisições transfronteiriças não tiveram grande movimentação pelo menos nos primeiros dois trimestres do ano, conforme dados preliminares.

As cifras da Unctad vão gradualmente ser ajustados, na medida em que as estatísticas mais recentes forem sendo liberadas. Mas o resultado parece claro para 2021. Já para 2022, a agência da ONU não faz projeções sobre países específicos, mas a prudência continua, em meio à persistência de variantes de coronavírus. Em outubro, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) já tinha mostrado o Brasil como a sexta economia a mais atrair IED no primeiro semestre de 2021, ao mesmo tempo em que investiu mais no exterior.

Segundo essa entidade, empresas brasileiras desinvestiram US$ 12,989 bilhões no exterior em 2020. Mas em 2021 o fluxo foi retomado e passou a positivo, com companhias brasileiras fazendo investimentos diretos de US$ 778 milhões no primeiro trimestre e dando um salto para US$ 9,459 bilhões no segundo trimestre