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Linha 16-Violeta promoverá uma grande ampliação da estação Paraíso

20.10.2022 | | Notícias do Mercado

Fonte: Metrô CPTM
Data: 18/10/2022

Dentre as paradas da futura Linha 16-Violeta, destaca-se a futura estação Paraíso. Prevista para ser a estação com maior demanda do novo ramal, estimada em 132 mil passageiros por dia, sua construção envolverá uma grande remodelação no complexo existente hoje, além de melhorias operacionais na estação Ana Rosa, que atende as linhas 1-Azul e 2-Verde.

 Localização

Os estudos para a implantação da estação Paraíso levaram em consideração três posições. A Opção A estaria localizado a leste da Avenida 23 de Maio, junto ao viaduto Santa Generosa e a rua Correia Dias. No entanto, por conta da presença de um empreendimento imobiliário essa opção foi descartada.

Opção B ficaria localizada no canteiro entre a Avenida 23 de Maio e a Rua Tomás Carvalhal. Entretanto, ela também foi descartada, uma vez que seria necessário a construção de um corredor de integração com mais de 150 metros. Tendo em vista que 90% da demanda da estação é proveniente da troca de linhas, essa opção se mostrou inviável.

Alternativa C, escolhida, prevê que a estação da Linha 16 se localize a norte da estação existente. Prevê-se a construção do corpo da estação em NATM através de um poço a ser escavado na praça Oswaldo Gogliano Vadico.

Também está prevista a construção de uma vala que permitirá intervenções na estação existente de forma a ampliar sua capacidade ante a demanda futura. Será construído um acesso exclusivo para a Linha 16 a leste da Avenida 23 de Maio, permitindo o atendimento às avenidas Bernardino de Campo e Paulista.

A praça existente será suprimida durante as obras. Está prevista a sua reconstrução e rearborização após as obras. Em todos os casos a estação será construída em altas profundidades.

A limitação de inclinação da rampa (desnível) ante ao relevo da região impossibilita a colocação da plataforma mais próxima ao solo. Entretanto o projeto diretriz não aponta problemas quanto a isso, uma vez que o foco desta estação está na integração.

Para atender aos passageiros que tenham como origem ou destino a estação Paraíso da Linha 16-Violeta serão implantados elevadores de alta capacidade. Esses equipamentos permitirão um deslocamento vertical otimizado dentro da estação.

Demanda e transferências

Para realizar o dimensionamento da estação é importante entender a dinâmica que ocorrerá com a chegada da Linha 16-Violeta. Além disso, a interação com a estação Ana Rosa também é importante, tendo em vista que também influencia na dinâmica de integração.

Foi realizado um estudo por parte do Metrô para identificar a projeção de demanda de origem e destino nas estações para aprimorar seu dimensionamento. A análise levou em consideração a facilidade de percurso, distância e rotas de transferência.

Os estudos mostram que a estação Paraíso possui vantagens sob a estação Ana Rosa sob os aspectos de integração. Para o passageiro que desembarque em Ana Rosa é necessário percorrer um trajeto com dois desníveis (plataforma, mezanino, plataforma) para realizar a integração entre as linhas.

Em Paraíso esta situação se apresenta em apenas um caso, onde há integração de passageiros dos trens provenientes de Tucuruvi para os trens com destino a Dutra. Em duas situações ocorre apenas um desnível (plataforma, mezanino) e em um caso a transferência é feita em nível.

O fato de a estação Ana Rosa não possuir escadas rolantes também implica de forma negativa na integração. Mas, apesar desse fato, a integração depende muito da origem e destino do passageiro, de forma que as viagens negativas sejam desvantajosas.

A chegada da Linha 16-Violeta representará um aumento de aproximadamente 67% na demanda atual da estação, de tal forma que prevê-se impactos secundários na estação Paraíso.

Dimensionamento e ampliação

Recomendou-se a implantação de escadas rolantes nas plataformas de Ana Rosa de forma torná-la mais atraente para integrações, diminuindo a eventual sobrecarga em Paraíso.

As intervenções na estação Paraíso contemplam intervenções na extremidade norte das plataformas. Dutos de ventilação existentes deverão ser deslocados. A plataforma central sentido Jabaquara e Cerro Corá deverá ser ampliada.

Novas escadas rolantes deverão ser implantadas na plataforma sentido Dutra. Deverá ser executada escavação que abrirá espaço para os novos equipamentos e também para a ampliação da plataforma.

Na plataforma sentido Jabaquara está previsto o deslocamento da parada 20 metros ao norte, ou seja, atrás do marco de parada atual. Isso se deve ao fato da plataforma na extremidade sul ser mais estreita.

Na plataforma sentido Tucuruvi está previsto usar áreas destinadas originalmente para o Ramal Moema, projeto descartado da Linha 1-Azul. A ampliação permitirá alocar os passageiros de forma confortável na plataforma.Algumas escadas deverão ser substituídas por modelos que ocupam menor espaço. A implantação de escadas na região do mezanino da linha de bloqueios também está prevista.

A estação deverá ter profundidade estimada de 48 metros entre a plataforma e o acesso. Sete elevadores farão a ligação entre a plataforma e a superfície. Outros três elevadores ligarão o mezanino intermediário a plataforma menos carregada.

A solução de Shield de grande diâmetro (TBM4) permitirá a implantação da estação da Linha 16-Violeta em plataformas sobrepostas. O embarque e o desembarque deverão ser realizados em plataformas separadas e segregadas de forma que o fluxo seja otimizado. Ao todo serão quatro plataformas, duas por andar (sentido).

As estimativas de demanda na hora pico são de desembarque de 21,5 mil passageiros com origem em Cidade Tiradentes, 17 mil passageiros deverão ter como destino a Linha 1-Azul, sendo 1.400 deles no sentido Tucuruvi.

Para a Linha 2-Verde cerca de 4,5 mil passageiros irão realizar a transferência. Destes, 4,2 mil deverão tomar os trens no sentido Cerro Corá.

No horário de pico da tarde o fluxo deverá se inverter. Túneis auxiliares deverão promover ligações mais seguras reduzindo conflitos na circulação entre embarque e desembarques.

Além dos elevadores, a circulação vertical deverá ser garantida por 38 escadas rolantes adicionais, assim como escadas fixas que deverão complementar as opções de deslocamento.

Outras questões secundárias também estão sendo levadas em consideração. A implantação de um corredor de ônibus no canteiro central da Avenida 23 de Maio requer maior detalhamento para ser conjugado ao projeto da Linha 16-Violeta.

A integração com ciclovia da Avenida Bernardino de Campos é fator motivador da criação de um bicicletário sobre a vala da nova estação. Este projeto estará conjugado com a revitalização da praça que poderá ganhar novos usos.

A questão de empreendimentos associados poderá ser incluída no projeto. O novo lote a ser delimitado em razão das obras abarcará um terreno com aproximadamente 200m² e potencial de edificação de até 800 m². Deverão ser realizados estudos posteriores para verificar a viabilidade desta edificação.

Todas as intervenções foram estudadas em caráter preliminar, sendo necessário maior aprofundamento das ações a serem realizadas no anteprojeto de engenharia/projeto funcional.