21.03.2022 | Assessoria de Comunicação | Notícias do Mercado
Fonte: G1 Data: 19/03/2022
O Metrô de São Paulo pretende lançar uma licitação para a contratação de 44 trens para a Linha 2-Verde que serão totalmente automáticos, sem maquinistas, e com entradas USB. As novas unidades poderão ser usadas ainda para reforçar o serviço nas linhas 1- Azul e 3- Vermelha.
As informações foram apresentadas em uma audiência pública prévia à publicação da licitação na última quinta-feira (17) realizada no pátio da empresa localizada no Jabaquara, na Zona Sul de São Paulo.
A audiência pública é uma etapa preliminar anterior à publicação da licitação que chamará os interessados em vender os trens ao governo do estado. Ainda não há previsão de quando a compra será feita.
O projeto prevê que os trens terão capacidade para até 1.800 passageiros, sendo 232 sentados, em um total de até 10 passageiros por metro quadrado.
A intenção é a de que o modelo seja totalmente automático, sem necessidade de maquinista/operador, nem cabine de comando, mas com possibilidade de atuação humana caso haja necessidade, seguindo um padrão internacional de automatização chamado de “GoA4”. É o mesmo sistema utilizado pelas linhas 4-Amarela e 15-Prata.
Cada trem terá 8 carros (vagões) e com possibilidade de frenagem elétrica dupla com um freio secundário por atrito.
A conexão entre os vagões, usada pelos usuários, chamada de “gangway”, terá 1,6 metro de largura, será resistente a vandalismo. Atualmente, os trens da Linha 2-Verde não possuem essa conexão, que amplia a capacidade de passageiros.
Todos os vagões terão tomadas UBS para os passageiros carregarem equipamentos eletrônicos, como celulares ou computadores.
O sistema de abertura e fechamento de portas vai passar a ser feito externamente e não dentro do vão, como hoje. A sinalização será toda em LED, como é vista nos trens da Ásia, e as portas de abertura terão 1,90m de altura por 1,6m metro de comprimento.
O Metrô diz ainda que falhas e problemas poderão ser monitorados automaticamente à distância, com o objetivo de prevenir interrupções, com um sistema inteligente de monitoramento dos trens.
A previsão é a de que o primeiro trem seja entregue 21 meses após a assinatura do contrato e outros três trens ainda no segundo ano de vigência do contrato.
Outros 18 novos veículos devem ser entregues integralmente ao governo no terceiro ano de vigência do acordo.