21.07.2022 | Assessoria de Imprensa | Notícias do Mercado
Fonte: Diário da Manhã Data: 20/07/2022
A modernização e viabilização de investimentos na malha ferroviária do Rio Grande do Sul foi pauta de uma reunião-almoço promovida pela CDL Passo Fundo e Sindicato Rural na segunda-feira (18) e que contou com a participação do senador Luiz Carlos Heinze.
Com a presença de prefeitos, como a prefeita de Nonoai Adriane Perin, vereadores, deputados e lideranças de classe, o senador apresentou o projeto que busca incluir o Estado no trajeto da ferrovia Nova Ferroeste.
Conforme explicou Heinze, o marco regulatório das ferrovias brasileiras, aprovado no Congresso Nacional permite um sistema de concessão para o funcionamento da malha ferroviária.
A partir dessa nova legislação e tratativas que iniciaram ainda em 2019 entre lideranças de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, nasceu o projeto da Nova Ferroeste, liderada pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior.
Nova Ferroeste
O projeto, que já está em fase de licitação para empresas privadas assumirem as obras, prevê uma estrada ferroviária que sairá de Maracaju no Mato Grosso do Sul, chegando a Cascavel no Paraná em direção a Foz do Iguaçu, Paranaguá e Chapecó.
A previsão de investimento total na obra é estimada em R$ 35 bilhões.
Segundo Heinze, o objetivo é que a estrada que chegará até Chapecó se estenda também em direção a Nonoai e Erechim, a partir de uma nova ferrovia, e de Erechim a Passo Fundo, utilizando o traçado antigo que passa por Getúlio Vargas, Estação, e Sertão.
Para que seja possível inserir o Rio Grande do Sul no edital, é necessário um projeto para analisar a malha ferroviária gaúcha.
“Representantes das classes do frango, suíno, leite, junto com a Fiergs trabalham há oito meses para buscar recursos e pagar o pré-projeto de estudo do Rio Grande do Sul, para incorporamos no edital que já está em andamento”, explicou o senador.
O estudo seria realizado pela empresa TPR e custa uma média de R$550 mil reais.
Durante a reunião-almoço prefeitos, vereadores e representantes das entidades de classe assinaram um manifesto apoiando os investimentos nas estradas ferroviárias.
Viabilização de recursos
A estimativa para operacionalizar os 180 quilômetros do Rio Grande do Sul, segundo o senador, é de cerca de R$ 4,5 bilhões. Heinze destacou que o encontro teve como objetivo apresentar aos empresários o projeto e buscar iniciativas para viabilizar os recursos para os estudos.
“Uma parte do projeto já foi custeada pelas entidades, mas é necessário o restante dos recursos para viabilizar os estudos e incorporar o Rio Grande do Sul nessa licitação que deve ser finalizada em dezembro”, afirmou.
O senador acredita que a modernização das estradas ferroviárias vai auxiliar no escoamento da produção agrícola e agropecuária da região.
Segundo ele, a Empresa de Planejamento e Logística do Ministério dos Transportes, contratada pela ANTT está concluído um estudo de viabilizada dos ramais ferroviários do Estado, que aponta que 1.500 quilômetros das estradas estão ativos.