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Governo do MT inicia análise de projeto da Rumo para extensão ferroviária da Malha Norte

06.09.2021 | | Notícias do Mercado

Fonte: Valor
Data: 03/09/2021

Resultado oficial sairá dentro de 15 dias; objetivo é ampliar a via para acessar cargas no Norte do Mato Grosso

Um dia após o anúncio do governo federal de novos projetos ferroviários privados, o Estado de Mato Grosso iniciou, nesta sexta-feira (3), a análise dos documentos apresentados pela Rumo para a extensão da Malha Norte, que será feita por meio de um contrato estadual.

O chamamento público para o empreendimento havia sido publicado em julho, mas, conforme já era esperado, só a Rumo apresentou um projeto.

A proposta foi aberta hoje, mas o resultado oficial sairá dentro de 15 dias. Após a homologação, será formalizada a autorização para a construção da ferrovia, que será totalmente privada — ou seja, feita pela empresa por sua conta e risco, sem participação do Estado.

A ferrovia deverá ter 730 quilômetros. O trecho será uma extensão da Malha Norte, concessão federal que a Rumo opera atualmente. A companhia controla um corredor logístico entre Rondonópolis (MT) e o Porto de Santos (SP). O objetivo é ampliar a via para acessar cargas no Norte do Mato Grosso.

O projeto aprovado pelo Estado de Mato Grosso prevê a interligação de Rondonópolis até a capital Cuiabá e até Lucas do Rio Verde. A estimativa é que a obra demande R$ 12 bilhões de investimento. A Rumo chegou a negociar com o governo federal a realização da obra por meio de um aditivo contratual da Malha Norte. Porém, as conversas não avançaram. Segundo fontes, a percepção da empresa é que a União preferia viabilizar o leilão da Ferrogrão antes de autorizar a extensão da ferrovia. Diante da dificuldade de um acordo, o Estado do Mato Grosso decidiu lançar o
projeto paralelamente ao cronograma federal. Para isso, o governo estadual aprovou uma legislação permitindo a realização de ferrovias estaduais por regime de autorização — que, ao contrário da concessão, não exige licitação e não tem compartilhamento de riscos com o Estado, sendo, portanto, um empreendimento totalmente privado.