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Grupo buscará solução para aportes em ferrovia de MG

26.02.2021 | | Notícias do Mercado

Minas poderá receber investimentos decorrentes da renovação da concessão da FCA | Crédito: Divulgação

Um grupo de trabalho, com a participação dos senadores das bancadas de Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás, será criado para discutir a questão dos investimentos nas ferrovias mineiras e em outros setores do Estado.

A decisão foi tomada ontem durante uma reunião que contou com a participação também do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

Conforme adiantado na semana passada pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, o encontro tinha como objetivo buscar soluções para uma reivindicação que vem sendo feita em relação ao contrato de renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), por mais 30 anos, com investimentos previstos de quase R$ 14 bilhões.

Esperavam-se respostas em relação à não previsão de investimentos no corredor Centro-Leste, que parte de Goiás, passa por Minas Gerais e termina no porto de Vitória (ES).

Uma das expectativas tem sido a inclusão do projeto Contorno da Serra do Tigre, cujas obras estão orçadas em R$ 3,1 bilhões. No entanto, de acordo com o senador Carlos Viana (PSD-MG), há certa resistência em relação ao assunto, por causa de uma possível ociosidade. Dessa forma, já se pensa em alternativas de destino para os aportes relacionados à renovação da concessão.

Uma das possibilidades é que haja contrapartidas em rodovias, como na MG-479, que liga Januária à Chapada Gaúcha – estrada fundamental para o escoamento da nova fronteira de Minas, lembra Viana. Outra sugestão é a criação de um ramal ferroviário ligando Unaí a Pirapora. “Estamos levantando também contrapartidas para os municípios. Há locais onde nós temos possibilidade de criar novos terminais de transporte de carga”, diz o senador.

PEF – Além disso, o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Fernando Marcato, destacou que o Executivo estadual solicitou ao ministro Tarcísio de Freitas que o Plano Estratégico Ferroviário Mineiro no Planejamento Ferroviário Nacional, desenvolvido pelo governo estadual e pela Fundação Dom Cabral (FDC), fosse considerado.

“Temos no PEF, o Plano Estratégico Ferroviário Mineiro, mais de 50 projetos mapeados. Então, o pedido foi justamente que o ministério considere esses projetos e aloque recursos para eles. Queremos que o planejamento ferroviário nacional leve em consideração o PEF, seja nos investimentos das concessões que serão renovadas, ou seja com recursos de outorga, que serão destinados ao governo federal. Então, os recursos federais podem vir para subsidiar, para financiar parte dos projetos ferroviários mineiros”, afirmou, conforme informações da Agência Minas.

Em nota, o Ministério da Infraestrutura afirmou que “sobre o processo de prorrogação antecipada da FCA, os investimentos a serem indicados por esta pasta, na condição de formuladora da política, em contrapartida ao pagamento do valor de outorga, considerará todas as ponderações e sugestões feitas no âmbito do processo de participação social. A definição dos empreendimentos mais adequados à utilização da outorga da prorrogação do contrato respeitará as diretrizes do planejamento setorial”.

 

Fonte: Diário do Comércio

Data: 24/02/2021