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Guerra na Ucrânia pode causar impactos no Porto de Santos, diz especialista

03.03.2022 | | Notícias do Mercado

Fonte: G1
Data: 25/02/2022

Os ataques da Rússia à Ucrânia, iniciados na madrugada de quarta-feira (24), acendem um sinal de alerta para um possível aumento nos custos de frete marítimo, assim como problemas nos desembarques de fertilizantes no Porto de Santos. Com isso, segundo especialistas no tema, dependendo da duração do conflito no Leste da Europa, até a safra brasileira de commodities pode ser impactada, caso haja falta dos insumos importados.

As ofensivas da Rússia foram feitas por terra, ar e mar. Kiev e Kharkiv, as duas maiores cidades da Ucrânia, foram bombardeadas e atacadas com mísseis. Trata-se do maior ataque de um país europeu contra outro do mesmo continente desde a Segunda Guerra Mundial.

Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que distribuiu armas aos ucranianos. Já a Rússia justifica a ação militar para proteger separatistas e ameaçou quem tentar interferir. A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu o recuo das tropas e diversos países condenaram os ataques.

De acordo com o economista Helio Hallite, o Brasil tem uma corrente de comércio, que é a soma das exportações e importações, da ordem de US$ 438 milhões com a Ucrânia, com um superávit a favor do nosso País de US$ 15 milhões. Segundo ele, a partir de Santos, há exportações, principalmente, de açúcar, milho, café, carne bovina, frango e amendoins.

O especialista em comércio exterior não acredita em paralisação de operações nos portos russos. “Não creio que as operações entre Brasil e Rússia sejam afetadas enquanto esse conflito estiver restrito entre esses dois protagonistas. Não penso na hipótese de uma terceira guerra mundial. Um evento dessa magnitude seria mais trágico que a pandemia”, destacou Hallite.

Já o economista Fabrizio Pierdomenico aponta que o conflito entre Rússia e Ucrânia trará efeitos colaterais de curto, médio e longo prazos. Mas isso tem relação direta com tempo que a crise durar. Ontem, já houve grande variação do preço do barril do petróleo, que chegou a custar US$ 105. Segundo o especialista, isso contamina os preços em todos os mercados, podendo causar reajustes de taxas de fretes marítimos, rodoviários e ferroviários, representando inflação ao consumidor final.