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Maracaju deverá “voltar aos trilhos” com projeto de ferrovia de R$ 10 bilhões que liga MS até o Porto de Paranaguá

16.06.2020 | | Notícias do Mercado

Projeto da Ferroeste prevê a construção de mil quilômetros de ferrovia ligando Maracaju até Cascavel avança e agora ter apoio do Governo federal

 

Maracaju poderá novamente ver a movimentação voltar pelos trilhos da ferrovia. A Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. (Ferroeste) que tem projeto de um ramal que vai chegar até o município sulmato-grossense, foi qualificada na quarta-feira (10) no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) do governo federal, o que deve acelerar o seu processo de desestatização. O valor estimado do projeto ligando Paraná a MS é de R$ 10 bilhões.

Com isso a União vai ajudar o Paraná no apoio técnico regulatório necessário em diversas áreas, da modelagem e meio ambiente à atração de investidores. E Mato Grosso do Sul será diretamente beneficiado já que a ferrovia vai chegar até Maracaju abrindo novo canal de escoamento de soja, etanol e outros produtos até o Porto de Paranaguá. O trecho previsto é de mil quilômetros.

A expectativa é do secretário de Produção Jaime Verruck que destaca que a Ferroeste. O secretário esteve nesta semana juntamente com o governaor Reinlado Azambuja debatendo o assunto com o governador Ratinho do PR. De acordo com Verruck a ferrovia deverá ser colocada em leilão na B3 até o final de 2021 já com o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) concluídos. O modelo de concessão (total ou parcial) será discutido nos próximos meses em um Comitê de Governança do Projeto.

“É uma conquista importante para o Paraná. A Ferroeste foi totalmente remodelada nos últimos meses e estamos viabilizando junto ao governo federal investimentos em outro patamar, o que permitirá a construção de novos ramais e melhorará a malha férrea do Estado para as próximas décadas”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Esse cronograma prevê, ainda, a viabilidade da extensão (até 1.371 quilômetros) de uma nova ferrovia entre Maracaju (MS) e Cascavel (PR), a revitalização do atual trecho ferroviário entre Cascavel a Guarapuava, a construção de uma nova ferrovia entre Guarapuava e Paranaguá e a construção de um ramal multimodal entre Cascavel e Foz do Iguaçu. Essa modelagem já está em fase de EVTEA. O estudo foi contratado em 2019 pelo Governo do Estado.

COMITÊ – O próximo passo é a formação de um comitê com um representante do Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, que o coordenará; um representante do Ministério da Infraestrutura; um representante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); e dois representantes indicados facultativamente pelo Governo do Estado, a convite do governo federal.

Competirá ao comitê acompanhar a execução do projeto em todas as etapas necessárias para sua implementação. O prazo para conclusão dos trabalhos será de 360 dias a partir da publicação do ato normativo de sua criação, prorrogáveis por igual período de necessário.

A resolução foi assinada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pela secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia, Martha Seillier.

“A inclusão na PPI é de extrema importância para MS. Na semana passada tivemos reunião com o governador Ratinho, e vai ser assinado na segunda-feira o Evetea de expansão de ferrovia de Cascavel até Maracaju. Então é um momento importante para MS pois conjuntamente apesar da Ferroeste ser do PR, demos um passo essencial para buscar licitação e concessão total do projeto. Ou seja a PPI vai dar apoio para que o projeto chegue até o MS. Quando terminar o estudo ai será feito licenciamento ambiental para definir qual o trajeto mais viável o pontos de terminais que serão construídos de Maracaju até Cascavel” explicou Verruck.

A meta é escoar além da soja, farelo de soja etanol e açúcar de MS até Paranaguá pela Ferroeste.. “Será criado um canal de saída de produtos de MS para o Porto de Paranaguá, que é um dos mais usados pra exportação do Estado. E mais com esta ferrovia podemos completar a estrutura logística com rodovias e hidrovia do Estado”, salientou o secretário.

Na segunda reunião virtual que acontecerá na segunda-feira deve ser assinado o estudo. “A ferrovia será extremamente atrativa para investidores e poderá impulsionar a retomada nas X operações de ferrovias no Estado”, concluiu Verruck.

FERROESTE – Segundo o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, já foram investidos mais de R$ 30 milhões nesse projeto e a adesão ao PPI significa que o Paraná terá toda condição técnica necessária para atrair recursos com segurança jurídica.

 

Fonte: A Crítica

Data: 13/06/2020