Av. Paulista, 1313 - 9º Andar - Conjunto 912 (11) 3289-1667 [email protected]
pt-bren

Metrô divulga seleção de empresa para modelagem financeira da Linha 20-Rosa; proposta é de R$ 1,6 milhão

16.11.2021 | | Notícias do Mercado

Fonte: Diário do Transporte
Data: 13/11/2021

O Consórcio Logit-QueirozMaluf-Almeida&Fleury-EGT foi divulgado pelo Metrô de São Paulo como o vencedor da licitação para contratar o Financial Advisory responsável pelos estudos do modelo econômico-financeiro e jurídico para a implantação da Linha 20-Rosa. (Veja abaixo a Ata publicada no site da Companhia)

O consórcio terá nove meses para elaborar os estudos após assinar o contrato.

A Linha 20-Rosa vai ligar a Lapa ao ABC Paulista, passando por São Bernardo do Campo e Santo André, e é o primeiro projeto de Metrô de alta capacidade para a região do ABC. A linha 18-Bronze seria apenas um monotrilho, meio de transporte de média capacidade, e foi substituído por um BRT, corredor de ônibus rápidos.

Os serviços de Financial Advisory visam desenvolver um modelo para atração de capital privado para a implantação da Linha.

O Metrô espera soluções inovadoras para atrair a participação de investidores na implantação do empreendimento.

A Linha 20-Rosa terá uma extensão de 31 km, com 25 estações e 2 pátios de manutenção, entre as estações Santa Marina e Santo André, passando também pelas regiões da Lapa, Pinheiros, Faria Lima, Rebouças, Moema, Cursino e São Bernardo do Campo, com conexão direta a diversas linhas de transporte sobre trilhos.

Atualmente, o Metrô desenvolve o projeto funcional (primeiro projeto de uma linha) e estudos auxiliares, como Investigação Geotécnica e Sondagens.

Como se vê pela Ata do certame, as ofertas variaram de R$ 1,6 milhão até R$ 5,2 milhões.

Este é mais um passo importante para a implantação dessa ligação metroviária com o ABC, que segundo diretrizes traçadas pela Companhia terá cerca de 31 km de extensão e 24 estações, com várias integrações previstas na rede, em estações a serem definidas em estudo já contratado.

Trata-se do projeto funcional e do anteprojeto de arquitetura, que está sendo desenvolvido pelo consórcio GPO-Geocompany-Geotec (formado pelas empresas GPO Sistran Engenharia, Geocompany Tecnologia Engenharia e Meio Ambiente e Geotec Consultoria Ambiental).

O contrato foi assinado em 30 de dezembro de 2020, com prazo de 32 meses para conclusão.

Recentemente, no dia 19 de abril de 2021, o Metrô assinou o segundo contrato relativa à Linha 20-Rosa. Desta vez com o Consórcio EPT-Reconverte, formado pelas empresas EPT – Engenharia e Pesquisas Tecnológicas e Reconverte Planejamento e Projetos, que executará serviços técnicos especializados de engenharia para a execução de investigações geotécnicas/sondagens, mapeamento e cadastramento de redes de utilidades públicas.

Este estudo técnico subsidiará o desenvolvimento do anteprojeto de engenharia/projeto funcional já em desenvolvimento pelo Consórcio GPO- Geocompany-Geotec. O contrato tem prazo de 12 meses e valor de R$ 1,92 milhão.

PASSOS

A implementação da Linha 20-Rosa do Metrô tem como primeira etapa do trabalho a concepção da rede, que define a função de cada uma das linhas e estações dentro deste contexto – como elementos integrantes de uma rede – possibilitando a execução da segunda etapa de trabalho, que aprofunda sua funcionalidade e suas dimensões.

A segunda etapa, conhecida como anteprojeto de engenharia/projeto funcional de uma linha ou trecho de linha e suas estações, é objeto do termo de referência apresentado pela Companhia.

“Seguindo as estratégias de expansão da rede, está previsto o desenvolvimento do anteprojeto de engenharia/projeto funcional da Linha 20-Rosa. Esta linha foi concebida como parte integrante da rede metroferroviária futura, com uma configuração perimetral, para interligar os municípios de São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo.

As conexões com a Linha 10-Turquesa da CPTM, em Santo André, e com as Linhas 7-Rubi e 8-Diamante, também da CPTM, na Lapa, ampliam sua abrangência para diversos municípios da RMSP. As Figura 1 e 2 apresentam a configuração preliminar das estações e conexões da Linha 20-Rosa com a rede futura”.

JUSTIFICATIVA

De acordo com documento do Metrô de SP, a Linha 20 – Rosa tem como principais funcionalidades:

a) conectar as linhas radiais da rede de transporte coletivo estrutural, bem como corredores viários relevantes, presentes nos setores sudeste, sul, sudoeste e oeste da Região Metropolitana de São Paulo;

b) interligar as centralidades da Lapa, Pinheiros, Itaim Bibi, Vila Olímpia, Moema, Cursino, Rudge Ramos e Santo André, para facilitar o acesso dos passageiros a essas regiões, atualmente concentradoras de grande quantidade de empregos;

c) possibilitar a distribuição de passageiros pela rede, sem a necessidade de deslocamentos até a região central.

Em sua diretriz a linha terá cerca de 31 km de extensão e 24 estações, com as seguintes integrações previstas na rede, em estações a serem definidas ao longo deste estudo:

  • 6-Laranja;
  • 10-Turquesa;
  • 1-Azul;
  • 5-Lilás;
  • 19-Celeste;
  • 22-Bordô;
  • 4-Amarela;
  • 2-Verde;
  • 7-Rubi, e
  • 8-Diamante.

Estes locais obrigatoriamente deverão prever estações de integração da Linha 20-Rosa com as linhas relacionadas.

Serão também atendidos diversos corredores viários por onde circula grande volume de linhas de ônibus, tais como:

  • Corredor de ônibus Pirituba/Lapa/Centro;
  • Rua Cerro-Corá;
  • Avenida Pedroso de Morais;
  • Binário formado pelas ruas Teodoro Sampaio e Cardeal Arcoverde;
  • Corredor de ônibus Campo Limpo/ Rebouças/ Centro;
  • Avenida Brigadeiro Faria Lima;
  • Corredor de ônibus Cidade Jardim/ Nove de Julho;
  • Corredor de ônibus Santo Amaro/ Nove de Julho/ Centro;
  • Corredor de ônibus José Diniz/ Ibirapuera/ Santa Cruz;
  • Avenida do Cursino;
  • Avenida Doutor Rudge Ramos;
  • Avenida Lauro Gomes;
  • Avenida Presidente Kennedy;
  • Avenida dos Estados;
  • Corredor ABD, e
  • Rodovias dos Imigrantes e Anchieta.

As estações da Linha 20-Rosa que estiverem próximas dos eixos de transporte acima deverão prever, em seus projetos, suficientes para a integração entre os modos, bem como as intervenções necessárias no viário (pedestres e leito carroçável) para o cumprimento das funcionalidades previstas para a linha. A Figura 3 apresenta os principais eixos de transporte a serem atendidos pela Linha 20-Rosa.

Na área de influência direta da Linha 20-Rosa vivem cerca de 1 milhão de pessoas e existem também 1 milhão de empregos.

Diariamente, estima-se que a Linha 20-Rosa transportará cerca de 1 milhão de passageiros quando totalmente concluída. Por ser uma linha perimetral, de caráter distribuidor, nos horários de pico apresenta um carregamento máximo de cerca de 32 mil passageiros por hora no sentido mais carregado.

A conexão feita pela Linha 20 entre as linhas 10-Turquesa, 1-Azul, 5-Lilás, 4-Amarela e demais linhas oferecerá a população de sua área de influência novas opções de deslocamento, ampliando e melhorando sensivelmente as condições de mobilidade na região.

Fazem parte dos estudos sobre a Linha 20-Rosa, a previsão de locais para pátio de manutenção, teste e estacionamento de trens, bem como áreas para manobra e estacionamento de trens ao longo da linha e as possibilidades de faseamento de implantação.


MAIOR SEGURANÇA PARA O INVESTIDOR

O Governo do Estado de São Paulo pretende fazer desapropriações e dar maior segurança para o investidor na execução dos projetos das linhas 19-Celeste (Bosque Maia/Guarulhos a Anhangabaú/São Paulo) e 20-Rosa (Santo André a Lapa/São Paulo) do Metrô.

A informação foi divulgada pelo secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, em entrevista a portais de mobilidade, incluindo o Diário do Transporte, em 14 de maio de 2020.

“Nossa intenção sobre esses dois projetos é uma modelagem que possa absorver o capital privado quase que integralmente. A equipe do Metrô está fazendo uma modelagem para que a gente consiga evitar desapropriação, buscando trazer eventuais proprietários das áreas que o Metrô precisará, reduzindo drasticamente o tamanho das estações, para o essencial e necessário”, afirmou o secretário.

Baldy afirmou na época que o objetivo era “garantir maior segurança ao eventual investidor” para que ele possa entrar no projeto, com garantias factíveis do ponto de vista que o Governo do Estado possa oferecer.

“Queremos fazer um novo case onde nós buscamos a modelagem do investimento integral por parte do investidor privado”, afirmou também Baldy.