18.04.2022 | Assessoria de Imprensa | Notícias do Mercado
Fonte: O Tempo Data: 15/04/2022
Agora, um conjunto de iniciativas, tanto no plano federal quanto no estadual, abre uma nova perspectiva para que as ferrovias, realmente, voltem a fazer parte do cotidiano. No âmbito federal, o Marco Legal das Ferrovias foi sancionado pelo presidente no final de dezembro e entrou em vigor recentemente, ampliando e substituindo a MP 1.065 como referência regulatória do setor.
No âmbito estadual, o governo de Minas realizou o evento #VemPraMinas Ferrovias, reunindo o setor para apresentar os primeiros resultados do Plano Estratégico Ferroviário (PEF), realizado em conjunto com a Fundação Dom Cabral. O objetivo foi ajudar a mapear oportunidades, bem como definir medidas do governo para estimular os investimentos. Ainda no evento, duas empresas apresentaram seus planos de aplicar um total de R$ 45 bilhões em ferrovias com foco em Minas.
Pelo tamanho de seu território e pela localização central no país, Minas concentra a maior parte das malhas rodoviária e ferroviária do país. Os trilhos, como se sabe, nem se comparam aos quilômetros e quilômetros de estradas asfaltadas.
A opção quase exclusiva pelo modal rodoviário, porém, mostra-se cada vez mais inviável. Uma série de reportagens publicada por O TEMPO mostrou que a degradação das estradas mineiras provoca um aumento de 37,2% nos custos de transporte e que a precariedade é maior nas vias públicas. Isso sem falar no custo em vidas humanas numa infinidade de acidentes. Nos cofres governamentais, faltam recursos para a manutenção e, mais ainda, para melhorias e expansão.
Na outra ponta, calcula-se que o transporte ferroviário tenha custo em torno de 30% menor, com mais vantagem em rotas longas e grandes volumes. No entanto, é um setor que exige recursos elevadíssimos e com prazos muito longos para maturação e retorno. Ou seja, é necessário que se garanta estabilidade jurídica e previsibilidade econômica para que se viabilizem.
Hoje, a participação das ferrovias no transporte, em Minas, é de 10%. Pode chegar a 30% já em 2030, segundo especialistas. Será uma grande conquista, sobretudo com um planejamento que integre os diversos modais (rodovias, ferrovias, hidrovias, aéreo) e os explore naquilo que têm de mais eficiente. É um cenário positivo para todos, que ajudará a manter a economia nos trilhos!