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Rumo anuncia emissão de US$ 500 milhões em green bonds

03.07.2020 | | Notícias do Mercado

A Rumo lançou sua primeira emissão de green bonds (títulos verdes) para captar US$ 500 milhões, num prazo de sete anos (até 10 de janeiro de 2028) e juros (yield) de 5,25% ao ano. A companhia emitiu um comunicado ontem (dia 1º), assinado pelo vice-presidente Financeiro e diretor de Relações com Investidores, Ricardo Lewin.

Os títulos de dívida garantidos pela Rumo serão destinados ao financiamento de novos investimentos em ”Green Projects” elegíveis, de acordo com Green Bond Framework emitido com Second Party Opinion da Sustainalytics e Certificação do Climate Bond Initiative (CBI), segundo o comunicado.

”A partir dos investimentos, a Companhia pretende continuar entregando maior eficiência e consequente redução de emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para a transição para uma economia de baixo carbono. Maiores detalhes acerca dos progressos e compromissos da Companhia em relação aos aspectos ESG – Environmental, Social, Governance serão fornecidos a partir da publicação do Relatório de Sustentabilidade anual”.

Títulos verdes

Recentemente, o Ministério da Infraestrutura fechou uma parceria com o Climate Bond Initiative (CBI) para que projetos de infraestrutura, com foco nos de ferrovia, saiam nos próximos leilões já com certificação para emissão de títulos verdes. O CBI é uma organização inglesa especializada em selos verdes e visa à certificação para captação de recursos para investimentos em projetos mais sustentáveis.

Entram no escopo do programa a Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), a Ferrogrão e a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico). No total, estão previstos R$ 14,3 bilhões em investimentos nas três ferrovias, segundo o Minfra.

”Um programa de títulos verdes prevê emissões sucessivas para determinados tipos de ativos. É a consolidação de um pipeline verde no setor de infraestrutura. Nenhum projeto do setor de transportes teve emissão desse tipo de título até o momento no Brasil”, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. O mercado global de títulos verdes já chegou a mais de U$ 840 bilhões em operações em todo o mundo.

Uma vez certificados, os projetos passam a ter certos critérios para serem implementados, como emitir menos de 25 gramas de gás carbônico por tonelada/quilômetro transportado, além do fato de a carga total transportada pela ferrovia ser de menos de 50% de combustíveis fósseis. A ideia é que os impactos climáticos do transporte ferroviário sejam cada vez mais mitigados.

Freitas considera que esse é um dos passos para a ampliação do modo ferroviário, o que tornará a matriz de transportes do Brasil mais adequada. ”O próprio desenvolvimento do transporte ferroviário, com investimentos robustos no setor, já promove uma descarbonização da logística nacional. Nós temos buscado incorporar as melhores práticas internacionais em todas as etapas dos nossos projetos, buscando desenvolver projetos sustentáveis, resilientes e de baixo carbono”, explica.

 

Fonte: Revista Ferroviária

Data: 02/07/2020