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Rumo confirma investimento de R$ 3,9 bilhões no mercado brasileiro em 2021

08.04.2021 | | Notícias do Mercado

SERÃO cerca de R$ 16 BILHÕES e R$ 18 BILHÕES em investimentos DIRETOS acumulados de 2021 até 2025

 

BVMI confirmou com Ricardo Lewin, VP financeiro da companhia que a Rumo, companhia de logística do grupo Cosan, planeja retomar sua fatia no mercado logístico de exportações de grãos do Mato Grosso.

No ano passado, a Rumo teve uma participação de 44% no mercado. A projeção é chegar a 2025 com uma fatia de 50% — considerando que o mercado também vai crescer 29%, em termos de volume, no período.

“Em 2020, observamos uma queda no preço de combustíveis, que permite ao caminhão reduzir preço, o que pressionou o market share e a negociação de tarifas da Rumo. Para 2021, os preços já retomaram, havendo expectativa mais favorável à ferrovia. Outro fator é relação de demanda por frete. Com a pavimentação da BR-163, houve expansão da oferta logística, então a safra de milho não apresentou expansão. Em 2021, há forte demanda no início da safra, o que tem levado a um aumento dos preços. As condições já são mais favoráveis que as de 2020”, afirmou o executivo.

Clientes que utilizam o Projeto OObi acompanham os principais projetos e investimentos internos desta companhia, prospectando e vendendo em suas dezenas de oportunidades industriais, desde manutenção até atualização e modernização de suas demandas logísticas.

Segundo projeções, a Rumo também deverá chegar a participação de mercado de 60% na exportação de grãos dos Estados de Goiás e Tocantins, com a inauguração da Malha Central (Ferrovia Norte-Sul).

“Em 2020, também convivemos com a BR-163 pavimentada, mas sem pedágio. O governo pretende concluir o leilão até o primeiro semestre, então o custo de caminhões para Norte deve ser fortemente impactado”, completou.

Atualmente, a companhia começa a operar oficialmente a Ferrovia Norte-Sul, corredor ferroviário concebido nos anos 1980 e que será enfim concluído em 2021.

A movimentação de cargas começará pelo trecho sul da via, mas, até o fim do ano, toda a malha já estará em funcionamento.

A empresa também confirmou que tem projeções para transportar um volume entre 72 bilhões e 76 bilhões de toneladas transportadas por quilômetro útil (TKU) no ano de 2021.

Para o decorrer de 2021, a companhia também prevê um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) entre R$ 4 bilhões e R$ 4,4 bilhões, com investimentos entre R$ 3,3 bilhões e R$ 3,9 bilhões.

Nossa equipe também confirmou que a companhia planeja transportar entre 99 bilhões e 109 bilhões de TKUs em 2025, um Ebitda entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões e investimentos entre R$ 16,50 bilhões e R$ 18,50 bilhões acumulado de 2021 até 2025.

A Rumo avalia que novos projetos ferroviários não impactarão a operação da empresa no curto prazo. A companhia não incluiu essa perspectiva em seu planejamento até 2025.

Em relação à Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), cuja primeira etapa será leiloada em abril pelo governo federal, a Rumo pondera que, ao menos pela próxima década, a ferrovia não trará concorrência, afirma Lewin.

O primeiro trecho da Fiol, que será licitado neste ano, vai de Ilhéus (BA) a Caetité (BA).

O plano de longo prazo é que a via se conecte com a Norte-Sul, mas ainda não há previsão para essa extensão.

Em relação à Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), cuja primeira etapa será construída pela Vale, no âmbito de seu processo de renovação antecipada, o executivo afirma que também não haverá competição nos próximos anos. A ferrovia também deverá conectar o Mato Grosso à Norte-Sul.

“A Fico, que deve conectar o Mato Grosso no primeiro estágio, vai acontecer depois de 2025, portanto não está incluído na nossa projeção. Agora, para o segundo estágio da Fico, estamos falando de um prazo muito longo. É um projeto complexo que vai levar uma década ou até mais para acontecer”, confirmou o executivo.

A Rumo é atualmente a maior operadora de ferrovias do Brasil e oferece serviços logísticos de transporte ferroviário, elevação portuária e armazenagem.

A companhia opera 12 terminais de transbordo, seis terminais portuários e administra cerca de 14 mil quilômetros de ferrovias nos estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Tocantins.

Sua base de ativos é formada por 1.200 locomotivas e 33 mil vagões.

 

Fonte: BVMI – Taís Hirata – Allan Ravagnani

Data: 06/04/2021