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Última estação da Sorocabana é reaberta após restauro em Presidente Epitácio

04.10.2021 | | Notícias do Mercado

Fonte: O Estado de S. Paulo
Data: 01/10/2021

Às vésperas de completar 100 anos, a estação ferroviária da antiga Estrada de Ferro Sorocabana (EFS), em Presidente Epitácio, volta a ser destinada ao uso público. O prédio, inaugurado em 1922, foi totalmente restaurado após ter sido destruído por um incêndio, em agosto de 2019.

Com a recuperação das instalações destruídas pelas chamas, o prédio restaurado passou a abrigar a Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, acolhendo também o acervo histórico da cidade.

A restauração foi feita com recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo (Dadetur) do governo estadual. A entrega da obra aconteceu no último dia 25, com a presença do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB).

HSTÓRIA – A estação é considerada um marco importante da história ferroviária do estado de São Paulo por ter sido o ponto final da Sorocabana no período áureo da ferrovia. Os trens de passageiros partiam da Estação Júlio Prestes, no centro da capital, e, após a chegada a Presidente Epitácio, no extremo oeste paulista, na divisa com o Mato Grosso do Sul, faziam a viagem de retorno.

A EFS teve seu primeiro trecho, entre São Paulo e Sorocaba, inaugurado em 1875. A linha-tronco se expandiu em direção ao oeste paulista, atingindo Presidente Epitácio apenas em 1922. Na cidade, no entanto, a estação já funcionava desde 1902, atendendo ao Ramal de Tibagi, um ramal ferroviário construído pela Sorocabana para atender a região.

A chegada da linha a Porto Tibiriçá, como se chamava a localidade à época, aconteceu no dia em que o presidente Epitácio Pessoa visitava o estado de São Paulo. O fato levou a população local a alterar o nome da cidade para Presidente Epitácio, em homenagem ao mandatário, que estava em seu último ano na presidência da República.

Em 1971, a EFS foi uma das ferrovias incorporadas pela Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.). Os trens de passageiros de longo percurso percorreram a linha-tronco até janeiro de 1999, quando foram retirados de circulação pela Ferroban, sucessora da estatal paulista.

Após o fim do transporte de passageiros, a estação continuou aberta, sendo usada para a destinação de cargas. Em 2002, o prédio foi fechado por falta de uso e começou a sofrer com o vandalismo, que culminou com o incêndio, em 2019. O prédio é tombado pelo patrimônio municipal.