24.10.2022 | ABIFER | Notícias do Mercado
Fonte: Metrô CPTM Data: 20/10/2022
Interrompidas em agosto de 2021 após um perigoso acidente com parte da estrutura de uma passarela, as obras de expansão da estação Santo Amaro (Linha 5-Lilás) ainda não foram retomadas. Porém, finalmente algum movimento foi visto no entorno da ponte estaiada que sustenta as plataformas da estação.
Graças às imagens aéreas do canal iTechdrones, foi possível identificar que a empresa Nacional Indústria Mecânica está em atividade no local, movimentando algumas estruturas das passarelas que estão amontadas desde o desabamento.
Após consultar a ViaMobilidade, concessionária da linha e que é responsável pelo projeto, o site obteve a seguinte resposta: “A empresa Nacional Indústria Mecânica é uma prestadora de serviço que está realizando a avaliação do estado de conservação das estruturas metálicas já fabricadas para obra de expansão da estação Santo Amaro da Linha 5-Lilás por meio de medições e ensaios de qualidade no local“.
Questionada sobre a futura contratada que irá retomar os trabalhos, a concessionária não quis comentar.
O desabamento da estrutura da passarela ao sul da estação ocorreu no dia 17 de agosto de 2021, ou seja, menos de seis meses antes de o prazo de entrega vencer. A meta era concluir a expansão em 25 de janeiro deste ano, mas já era notório que os trabalhos estavam bastante atrasados.
A empresa contratada pela ViaMobilidade chegou a instalar quantro suportes em formato de “V” que sustentarão as duas passarelas, mas apenas uma delas estava sendo montada na época, com duas frentes de trabalho, em cada margem do Rio Pinheiros. Foi uma dessas estruturas que acabou cedento e caindo, ferindo levemente dois funcionários – a outra estrutura permanece no local.
A expansão da estação Santo Amaro é um dos requisitos do contrato de concessão da Linha 5-Lilás, que começou a valer em 2019. A ligação com a Linha 9 era uma das mais movimentadas do ramal antes da pandemia. Por conta de a atual conexão ser bastante restrita e a estação Santo Amaro da Linha Esmeralda, tombada, a solução encontrada foi erguer uma estrutura paralela sobre o rio que permita ampliar a área das plataformas e crie novas escadas e elevadores para organizar o fluxo de passageiros.
Consultadas várias vezes, tanto a Secretaria dos Transportes Metropolitanos quanto à ViaMobilidade até hoje não apontaram as causas do acidente nem qual será o prazo para conclusão. Há um processo administrativo correndo para eventualmente punir a concessionária pelo atraso.
