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CCR: empresa implementará planos de resiliência climática em todo o negócio até 2025

20.06.2024 | | Notícias do Mercado

Fonte: Exame
Data: 18/06/2024

O incremento da frequência e intensidade dos eventos climáticos deu ao tema um peso relevante na matriz de riscos do Grupo CCR, empresa de infraestrutura e mobilidade. Considerando a presença nacional da companhia em diferentes condições e variados biomas, percebeu-se a necessidade de acelerar a busca por soluções que mitiguem os impactos no negócio e assegurem a segurança de usuários — seja nas estradas, seja no transporte sobre trilhos, seja nos aeroportos.

Lidar com as mudanças no regime de chuvas e trabalhar apenas dois dias por mês na execução de obras, para uma empresa de infraestrutura, é um desafio imenso. Foi o que a CCR enfrentou no Rio Grande do Sul, que vem sofrendo os impactos de chuvas intensas desde o ano passado. Uma das rodovias sob sua concessão, a BR-386, entre Canoas e Carazinho, foi a mais afetada e ficou inundada depois dos extremos climáticos de maio passado. A preparação para lidar com o cenário teve de ser acelerada, segundo o executivo.

Para tentar antecipar-se aos impactos climáticos, a empresa se comprometeu a, até 2025, implementar planos de resiliência climática em todas as unidades de negócios. “Ao iniciarmos esse processo em 2023, progredíamos de forma mais lenta e em escala menor”, explicou o vice-presidente. Para acelerar, o grupo buscou parcerias no mercado, como Climatempo,  Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e MeteoIA (startup de tecnologia focada em desenvolver modelos de inteligência artificial para previsão de variáveis climáticas e seus impactos) para ajudar a mapear cada quilômetro de estrada, trilho e área de aeroporto e identificar a exposição dessa infraestrutura.

Dependendo do volume de chuvas, será possível identificar os pontos críticos de deslizamento, os riscos para a população e traçar parcerias com municípios para criar alertas e prevenir possíveis ameaças. Com a implementação completa do plano até 2025, medidores pluviométricos serão instalados nos pontos críticos, o clima será monitorado continuamente, e as equipes estarão completamente treinadas para lidar com desastres naturais. Até o final de 2025, todas as unidades de negócios terão o plano implantado — desde medidores pluviométricos, equipes treinadas para desastres até a monitorização contínua do clima.

Os riscos enfrentados pelos ativos são avaliados, segundo o grupo, com base nos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), alinhando-os às recomendações da Task Force on Climate Related Financial Disclosures (TCFD), considerando os cenários de eventos climáticos para os horizontes de 2030 a 2050. Esses dados embasam a criação de uma modelagem para avaliar a probabilidade das ocorrências e planejar ações preventivas.