Av. Paulista, 1313 - 9º Andar - Conjunto 912 (11) 3289-1667 [email protected]
pt-bren

CPTM reconstruiu 9 km de vias férreas e revitalizou rede aérea para viabilizar Linha 13-Jade até Barra Funda

29.06.2023 | | Notícias do Mercado

Fonte: Portal MetrôCPTM

Estender a Linha 13-Jade para a estação Palmeiras-Barra Funda requer um volume significativo de investimentos. Alguns dos mais importantes são a requalificação da estrutura referente aos trilhos e ao sistema de energia.

Neste artigo iremos detalhar quais foram as principais intervenções que ocorreram ao longo do trecho de 3 km entre as estações Luz e Barra Funda.

A via permanente é o nome que se dá ao conjunto de trilhos, dormentes, lastro e demais elementos que fazem a sustentação da via por onde os trens realizam suas movimentações.

No trecho entre Luz e Barra Funda a CPTM realizou a remodelação completa das vias. Não foram apenas troca de trilhos, mas de todos os dormentes, preparação da infraestrutura e superestrutura.

Os trabalhos contemplaram inicialmente a desmontagem de 7km de via permanente com aproximadamente 11,6 mil dormentes. Além disso, os 14 aparelhos de mudança de via existentes foram desmontados.

A desmontagem permitiu um retrabalho completo na infraestrutura, que são as camadas mais inferiores da via, dando-lhe maior qualidade e capacidade de sustentação. Foram instaladas novas canaletas de drenagem e cerca de 8,8 km de bancos de dutos.

A montagem das novas vias contemplaram 9 km de via permanente. Ao todo foram utilizados mais de 15 mil dormentes de concreto e 600 dormentes de madeira na região dos AMVs.

Foram utilizadas cerca de 1.080 toneladas de trilho tipo TR57, o que representa uma extensão de 18,9 km de novos trilhos implantados. Para garantir a união de toda essa extensão, foram realizados 1.500 soldas por caldeamento, para formação de trilhos longos, posteriormente unidos por 150 soldas aluminotérmicas.

Foram ainda montadas 11 transposições com quatro AMVs otimizados. Os aparelhos de mudança de via (AMV) são os equipamentos que permitem a manobra dos trens entre vias distintas. Ao todo foram utilizados 19,9 mil m³ de lastro britado para as novas vias.

Rede Aérea

As redes aéreas são os elementos responsáveis por transmitir a energia elétrica para os trens. Geralmente os elementos mais visíveis são os cabos de cobre, suspensórios, pontes e pórticos.

O investimento contemplou a recapacitação de 20 km de rede aérea com a remoção de pórticos antigos e inserção de novos, treliçados e com maior resistência. Novos cabos foram inseridos para garantir maior confiabilidade.

Em números, foram implantados 32,7 km de fios de 253 mm² para a função de cabo mensageiro (vermelho) e 45,3 km de fios de 107 mm² para função de fio trolley (verde), ou seja, aquele que entra em contato diretamente com o pantógrafo.

Foram adquiridos ainda 1.200 metros de conexões equipotenciais com 185 mm² (amarelo) e 7.573 metros de suspensórios (Roxo) para permitir regular as distâncias entre fio de contato e cabo mensageiro.

Subestação

Uma nova subestação deverá ser implantada no novo trecho. A subestação Memorial da América Latina deverá fornecer energia para este novo trecho e viabilizará a chegada dos trens da Linha 11-Coral em intervalos de até três minutos.

A nova subestação será implantada no formato de Eletrocentro, com estruturas mais compactas e permitindo telecontrole através do CCO. A capacidade de fornecimento desta subestação será de 8,0 MVA

Os investimentos totais da obra de recapacitação deste trecho foram da ordem de R$ 158 milhões. As obras possuem 36 meses de duração e já estão com 66% de conclusão com previsão de entrega para agosto de 2024.