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Linha 13-Jade da CPTM completa 6 anos perto de mudanças marcantes

01.04.2024 | | Notícias do Mercado

Fonte: Metrô CPTM
Data: 31/03/2024

A Linha 13-Jade foi um marco para a CPTM. Herdeira da infraestrutura férrea da Fepasa e CBTU, a companhia do estado passou a maior parte da sua história reformando e aprimorando sua malha, mas há exatos 6 anos, em 31 de março de 2018, conseguiu inaugurar o primeiro ramal desenhado e construído por ela.

Ligando as proximidades do Aeroporto de Guarulhos e o bairro CECAP com a Linha 12-Safira na estação Engenheiro Goulart, a Linha 13 prometia atender 120 mil passageiros por dia com viagens a cada 8 minutos.

Inaugurada às pressas pelo ex-governador Geraldo Alckmin (então no PSDB), a linha de 12,2 km teve pouca utilidade em seus primeiros anos. Sem trens, na época em fabricação, e sistemas incompletos, o ramal ainda levou tempo para chegar um intervalo de 20 minutos.

O projeto original, que previa levá-la até a região da Mooca, acabou trocado por uma alternativa limitada, a de fazer alguns trens circularem nas vias da Linha 12 e da Linha 11 até a estação Luz.

Batizado de Expresso Aeroporto, o serviço era exclusivo e pago à parte e se mostrou aquém do necessário. Já outro serviço, o Connect, que atendia as estações Brás e Tatuapé, agradou, mas as viagens tinham intervalos elevados e não atraíram tanto público.

No governo Doria, os dois serviços foram fundidos em um novo Expresso Aeroporto, com partidas a cada hora da estação da Luz e sem cobrança diferenciada. Com os novos trens da Série 2500 e o sistema ATO, que torna a operação mais automatizada, a Linha 13 experimentou um bom crescimento.

Movimento segue longe do projetado

Em 2023, o ramal foi estendido até a estação Palmeiras-Barra Funda e o movimento continuou a crescer. Em fevereiro, passaram em média pela Linha 13-Jade quase 19 mil usuários em dias úteis.

Como se vê, o ramal atende hoje um sexto da demanda projetada, portanto, muito distante do seu potencial. Esse cenário, no entanto, deve finalmente mudar nos próximos anos.

A CPTM está aprimorando a infraestrutura das linhas 12-Safira e 11-Coral e com isso mais trens poderão circular em trechos críticos entre Tatuapé e Barra Funda. Espera-se que isso permita que mais viagens sejam feitas pelo Expresso Aeroporto, além do que a estação Engenheiro Goulart poderá receber mais passageiros que usam o serviço normal do ramal.

Outra promessa, a de ser uma alternativa para passageiros do Aeroporto de Guarulhos, deve ser enfim cumprida no segundo semestre quando o People Mover da GRU Airport começar a operar.

O sistema automático de trens Aeromovel irá ligar a Linha 13 aos três terminais com viagens a cada 6 minutos. Gratuito, o serviço facilitará o deslocamento por trilhos e assim atrair não só passageiros, mas funcionários e visitantes.

Concessão à iniciativa privada

Após focar em levar a Linha 13 até o centro de São Paulo, o governo voltou a estudar a extensão do ramal. A ideia é que o trajeto seja levado até Bonsucesso com cinco estações novas. Na outra ponta, há no horizonte a estação Gabriel Mistral, que fará a ligação com a Linha 2-Verde e assim abrindo novas possibilidades de percursos aos usuários.

A Linha 13-Jade, no entanto, só deverá atingir sua maturidade nas mãos da iniciativa privada. O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende conceder o ramal em conjunto com as linhas 11-Coral e 12-Safira.

O processo, embora vendido como célere, deve ser longo. A gestão quer realizar uma audiência pública ainda em 2024, porém, o desenvolvimento de um edital como esse ainda precisará ser discutido e avaliado no mercado antes de ser publicado.

Se conseguir leiloar o pacote de três linhas ainda em sua gestão, Tarcísio pode repassá-la a um operador privado a partir de 2027, que então teria alguns anos até concluir a expansão do ramal.

Possivelmente uma década após ser inaugurada, a Linha 13-Jade deverá se tornar um ramal com movimento coerente com a expectativa criada com ela. Mas antes tarde do que nunca, como diz o ditado.