06.05.2024 | ABIFER | Notícias do Mercado
A Baixada Santista, em breve, pode ganhar um novo modal. Trata-se do Trem Intercidades (TIC), que ligaria São Paulo ao Valongo, em Santos, com a composição descendo do Planalto por Mongaguá. O Governo do Estado deve contratar estudos aprofundados para a construção do equipamento já no próximo mês.
As informações são do secretário de Estado de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini. O gestor público, inclusive, afirmou que a viabilidade do equipamento já foi confirmada por uma análise realizada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
“Tecnicamente, é possível. Achamos um caminho onde consigo descer o trem. Então, a parte técnica deixou de ser problema. Com a viabilidade técnica adiantada, devemos formalizar a contratação dos estudos no meio do ano, para iniciar este e o TIC São José dos Campos”, disse, após o fórum A Região em Pauta.
Ele deu mais detalhes sobre o plano do Executivo estadual. A ideia é que o veículo, após chegar à Baixada, siga para o Valongo por meio da antiga estrada Santos/Cajati, que fica próxima à Rodovia Padre Manuel da Nóbrega. “Ela está abandonada. Então, seria necessária uma revitalização deste trecho, com um trem de média velocidade”, apontou, confirmando que também é avaliada a chance de inclusão de uma nova rodovia no projeto.
Benini disse que, no momento, o governo busca definir em que lugar, na capital, o modal será conectado. Ele citou duas alternativas. “(Pode ser) paralelo à Linha 9 (Esmeralda, da CPTM) e vou até à estação Pinheiros, talvez tendo de construir do outro lado do rio. A outra, na Linha 2 (Verde, do Metrô), perto da Santos-Imigrantes”.
BenefíciosO responsável pela pasta de Estado de Parcerias em Investimentos ressaltou que a população da região tem muito a ganhar com o TIC Santos. Ele citou que o veículo vai proporcionar maior integração entre os municípios.Além disso, tende a reduzir o fluxo na Padre Manuel da Nóbrega.
“O pessoal reclama de caminhão na rodovia, mas ela foi feita para caminhão. Devemos tirar as pessoas de lá e levá-las para um transporte seguro e de massa, não poluidor, como é o trem. Quanto mais gente eu tirar, melhor fica o fluxo e mais voltado ao trânsito de veículo pesado”, falou.
Por fim, o gestor também salientou que a composição vai melhorar a vida das pessoas de toda a região. “Nos Estados Unidos, ninguém mora nos centros. Moram ao redor, mas tem transporte com tempos corretos, sem atraso e disponível. Muda a estrutura de desenvolvimento da Baixada e de São Paulo quando tivermos os trens entre as cidades”.