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Trem estadual começa a operar seu primeiro trecho no MT em 2026

23.10.2025 | | Notícias do Mercado

Fonte: Valor
Data: 23/10/2025

A primeira ferrovia construída a partir da autorização de um governo estadual deverá começar a operar em junho de 2026, cinco anos depois que o governo do Mato Grosso lançou um chamamento público para interessados em realizá-la e três anos após a Rumo receber a licença para instalá-la. A operadora está investindo R$ 5 bilhões nesta primeira fase, que contempla os 160 km entre as cidades de Rondonópolis e Dom Aquino, onde instala um terminal ferroviário com capacidade para 10 milhões de toneladas por safra.

A via irá se integrar à Malha Norte, também operada pela Rumo, em Rondonópolis. O maior terminal ferroviário da América Latina fica no município e, atualmente, movimenta 25 milhões de toneladas/safra. “Programamos o início da operação desse primeiro trecho para coincidir com o começo da safra de milho na região”, afirma Natália Marcassa, vice-presidente de regulação, assuntos institucionais e comunicação da Rumo. Segundo a executiva, 70% das obras da primeira etapa já foram concluídas.

Quando estiver em plena operação, a Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo irá cobrir 743 km em direção à porção norte do Estado, incluindo um ramal até Cuiabá, e deverá se aproximar de seis entre os dez maiores municípios do Mato Grosso. “Nossa intenção é chegar mais perto de onde está a produção, tornando a logística de transporte mais eficiente e competitiva”, diz Marcassa.

A empresa está “refinando o traçado” do segundo trecho, de Dom Aquino a Lucas do Rio Verde. O modelo de negócio planejado pela companhia leva em conta a demanda já existente ao longo dos trechos em construção, tornando o investimento praticamente autofinanciável, na visão da executiva. A produção de soja na região por onde os trilhos irão passar mais que dobrou em cinco anos, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea); a de milho cresceu 67,6%.

Além de grãos e de fertilizantes, o complexo ferroviário deverá transportar etanol de milho até Paulínia (SP), num arranjo que prevê a realização da mistura do combustível à gasolina no polo químico paulista e seu retorno a Mato Grosso para distribuição ao consumidor final.