Av. Paulista, 1313 - 9º Andar - Conjunto 912 (11) 3289-1667 [email protected]
pt-bren

Acordo final da FCA desagrada Espírito Santo; governador quer incluir obra

15.09.2025 | | Notícias do Mercado

A proposta final de renovação da concessão da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica) até 2056, enviada recentemente pelo Ministério dos Transportes à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), desagradou ao governo capixaba.
Segundo ele, o principal ponto de discordância é o contorno ferroviário de Belo Horizonte, que entrou nas exigências do novo contrato apenas como uma obra a ser executada mediante gatilho de demanda — ou seja, apenas quando for alcançado determinado volume de cargas, no futuro.

“Para nós, essa demanda já existe”, ressaltou o governador. A concessão atual da FCA expira em agosto de 2026.

A fluidez dos trens em Minas Gerais tem impacto direto no transporte de cargas que vão desaguar nos portos do Espírito Santo — por isso o interesse direto dos capixabas no projeto de Belo Horizonte.

“Estamos recebendo hoje, no Espírito Santo, os maiores investimentos portuários do Brasil”, acrescenta Casagrande.

Casagrande marcou audiência, na tarde desta segunda-feira (15), para discutir o assunto com o secretário nacional de Ferrovias, Leonardo Ribeiro.

À CNN, o governador disse que pretende levar o pedido de inclusão obrigatória do contorno ferroviário — independentemente da demanda — ao TCU (Tribunal de Contas da União).

A ANTT é responsável por verificar se a modelagem econômico-financeiro e o plano de exploração ferroviária do novo contrato estão devidamente alinhados.

Com o aval da agência, o processo seguiria para análise do TCU.

Conforme noticiou a CNN, o acordo final para renovação do contrato da FCA prevê investimentos de mais de R$ 20 bilhões, sem incluir a troca de material rodante (locomotivas e vagões).

A malha ferroviária da FCA tem 7,2 mil quilômetros de extensão e cruza os estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal.

A FCA hoje é controlada pela canadense Brookfield. Ela tem participações acionárias ainda da Vale, do FI-FGTS, da Mitsui e do BNDES.