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CEO da Vale detalha R$ 67 bi em Minas, extração em rejeitos e prevê etanol em navios e caminhões

11.09.2025 | | Notícias do Mercado

Fonte: O Tempo
Data: 09/09/2025

Mineiro, nascido em Divinópolis, Gustavo Pimenta, CEO da Vale, detalha, em entrevista exclusiva às plataformas de O TEMPO, os ambiciosos investimentos de R$ 67 bilhões da mineradora previstos para Minas Gerais até 2030. Ampliação da capacidade produtiva, tecnologias para extração limpa e em rejeitos, ganho de mercados e exploração de outros minerais estão no foco da empresa. Ele não descarta que Minas, que hoje representa 45% da produção, possa voltar a ocupar o posto de maior produtor de minério de ferro do país. O executivo diz ainda que a Índia é um promissor mercado a ser conquistado. Confira a entrevista completa:

A Vale anunciou investimentos de R$ 67 bilhões para Minas até 2030. Pode detalhar esses planos?

Gustavo Pimenta: A Vale reinaugurou a mina Capanema, em Ouro Preto, na região Central de Minas, nesta quinta-feira (4/9). A estrutura estava paralisada desde 2003 e demandou R$ 5,2 bilhões para sua reativação. É um projeto de 15 milhões de toneladas que está entrando em operação. Todos os nossos complexos em Minas estão crescendo. Estamos com uma agenda de crescimento em Minas Gerais. No ano passado (2024), fizemos 125 milhões de toneladas no estado e temos um plano de crescimento nos próximos anos entre 15 milhões e 20 milhões de toneladas sobre essa base. Então, é uma região muito importante. Eu sempre digo que Minas foi o passado, é o presente e vai ser o futuro da Vale. Tem uma enorme oportunidade de crescimento. É um mercado muito importante que produz um minério muito relevante para a descarbonização do nosso portfólio de produtos. Esses R$ 67 bilhões são vários investimentos de crescimento, modernização de frota e também em segurança de barragens, onde já investimos bastante e vamos investir mais.

Você falou sobre esse grande investimento em segurança. Para fazer da Vale uma das mineradoras mais seguras do mundo e deixar Brumadinho como um capítulo no passado. Como vai ser isso?

Sem dúvida. Nos últimos cinco anos, olhamos muito para dentro. A companhia se transformou em todos os sentidos: de estrutura organizacional, de conhecimento das nossas barragens e de tecnologia. Investimos muito. Só em descaracterização, investimos R$ 12 bilhões para eliminar. Assumimos um compromisso com a sociedade mineira de eliminar essas barragens a montante. São 30 no total, e 60% do programa já foi concluído. Há uns 10 dias (fim de agosto de 2025), tivemos a notícia de que nossa última barragem que estava em nível de emergência 3, que é o mais elevado, desceu para o nível de emergência 2. Então, hoje a Vale não tem nenhuma barragem no nível mais alto de emergência. Isso mostra um enorme progresso que temos feito ao longo dos últimos anos. Estamos com o melhor desempenho de segurança da nossa história. Depois de Brumadinho, promovemos uma grande transformação dos padrões internacionais de gestão de barragens e a Vale, hoje, é 100% aderente a esses padrões. Muitas decisões e ações foram tomadas ao longo desses anos exatamente para garantir uma operação segura. Levar a mineração para outro patamar de segurança. Estou muito confiante e confortável com o trabalho feito pelo time.

Muitas barragens têm décadas de vida. O modo de extração no passado era bem diferente de hoje, que conta com tecnologias cada vez mais avançadas. Tanto que algumas minas que estavam quase exauridas ganharam vida útil. Há minério nas barragens. Existe algum projeto, e há tecnologia, para explorar rejeitos de barragens de forma segura?

Essa pergunta é excelente, porque vemos uma enorme oportunidade de tratar a circularidade. Reaproveitar rejeitos, por exemplo, é fazer uma mineração circular. No ano passado, produzimos quase 13 milhões de toneladas a partir do reaproveitamento de rejeitos. Este ano, vamos bater 20 milhões de toneladas. E nosso plano é que em 2030 cheguemos a 30 milhões de toneladas. A Vale será a mineradora do mundo com o maior volume de produção circular. Por quê? Porque temos as melhores tecnologias para recuperar esse minério. A própria mina de Capanema (em Ouro Preto) estava paralisada e, ali, tínhamos estéril que no passado não conseguíamos aproveitar por questões tecnológicas. Hoje, com a tecnologia existente, podemos reativá-la. Então, tem muita oportunidade, tem menos impacto ambiental, custo operacional mais baixo. Uma série de benefícios para acelerar essa agenda (ambiental). É uma pauta importante dentro da Vale que queremos acelerar nos próximos anos. O saldo vai chegar a 10% do resultado da Vale. Pretendemos ampliar ainda mais essa produção a partir de rejeitos. E quando começamos a olhar, a colocar novas tecnologias, vemos muita oportunidade de gerar valor a partir de algo que no passado era um passivo. Algo que não tinha valor econômico. Isso é muito positivo. Reduz impactos. É uma temática da mineração do futuro.

Você falou em descarbonização, em aproveitamento de rejeitos. E o uso de etanol na mineração? Um dos grandes desafios da nossa geração é a descarbonização do planeta, a redução de emissões de CO2.

Na Vale, não temos siderurgia, mas eles são nossos clientes. Nossa missão é ajudá-los a descarbonizar. Estamos olhando várias frentes. Uma é a criação de produtos, por exemplo, como o “briquete verde” (pelota de minério de ferro que reduz a emissão de particulados e de gases como dióxido de enxofre (SOX) e óxido de nitrogênio (NOX) nas siderúrgicas), que estamos acelerando a oferta para que a produção do aço tenha menor pegada de carbono. É um produto criado aqui em Nova Lima, que já estamos vendendo e fazendo testes industriais pelo mundo. Outro desafio é como descarbonizamos o transporte. Temos 172 navios fazendo rotas entre Brasil, Europa, Oriente Médio e Ásia. Então, há um consumo de combustível muito importante. É diesel. Estamos testando um potencial que o Brasil tem, que é o biocombustível. O Brasil já provou que tem a capacidade de utilizar o etanol para transporte de carros. Estamos começando a testar em caminhões gigantes, fora de estrada. Estamos testando e o resultado tem sido bom. O time começou a testar agora nos navios. Essa pauta de descarbonização é uma prioridade dentro da companhia. Queremos mostrar que é possível, sim, alcançar aquele futuro do aço 100% verde com zero pegada de carbono.

Minas voltará a ser o maior produtor de minério da Vale, passando o Pará, considerando essas possibilidades de extrair minério de rejeito, somado ao investimento de R$ 67 bilhões, que vai aumentar a produção no Estado?

É um bom combate. Tem espaço para todo mundo e eu sempre digo: a nossa grande vantagem competitiva é uma oferta muito diversa e flexível de minério. Isso é uma natureza do Brasil. O minério daqui é diferente do Pará. Minas Gerais tem vários tipos de minério. Isso faz com que a Vale seja um ofertante no mercado com enorme flexibilidade. Em qualquer situação de mercado, encontramos um produto que serve às necessidades dos nossos clientes. Temos 20 centros de blendagem pelo mundo. Então, na China, combinamos minério do Pará com minério de Minas. Essa combinação é o nosso diferencial, que agrada o mercado, porque em algum momento ele quer o minério X, em outro quer os blends. Mas Minas pode retornar ao posto, sim.

Em 2018, a Vale chegou a produzir 382 milhões de toneladas de minério de ferro. Dá para alcançar de novo esse volume?

Talvez nosso número ideal esteja ao redor de 360 milhões de toneladas. E por que isso? Porque é onde vemos bons projetos ainda a serem desenvolvidos que nos levariam a esse patamar. O mercado de aço está em crescimento, mas é um crescimento um pouco mais reduzido comparado ao que tivemos nos últimos 20 ou 30 anos em função do crescimento chinês. Então, achamos que ao redor de 360 milhões de toneladas podemos chegar e retomar a nossa posição de maior mineradora de ferro do mundo. Estamos muito próximos de retomar essa posição. Perdemos essa posição após o acidente de Brumadinho e temos recuperado esses volumes de produção.

A China é um grande cliente da Vale. Há mais de 50 anos que a empresa exporta para o país. A indústria siderúrgica nacional reclama muito da entrada de aço chinês, de concorrência desleal. Como a Vale lida com isso? Como vocês trabalham esse meio-campo?

Vendemos para os dois. Queremos que ambos prosperem. O mercado de aço avançando no mundo é bom para a Vale. Então, acaba sendo uma pauta, uma discussão em que entramos pouco, pois somos um ofertante do mercado, seja para o Brasil, seja para a China. Queremos que o mercado siga avançando, que a demanda de aço siga crescendo, porque isso, no final, é bom para a Vale e podemos exportar, podemos vender mais no mercado local. Acompanhamos a questão de perto. É um tema sempre muito relevante.

E sobre o custo da produção? Você já falou que da mina até o porto era cerca de US$ 22 dólares por tonelada e querem baixar para US$ 18. Só que do porto até a China e o Sudeste Asiático, esse valor chega a US$ 50. Esse custo é considerado alto?

Uma das poucas coisas que controlamos nessa indústria é o custo. Porque o preço no final é uma equação de oferta e demanda. Vai depender de demanda internacional, comportamento da economia chinesa, que é uma variável importante. Então, somos muito cuidadosos e disciplinados em relação à gestão de custo da companhia. Isso é muito importante. Acho que um dos grandes benefícios que temos, de novo comparado aos meus competidores, é que estamos operando abaixo da nossa capacidade potencial. Podemos sair de 328 milhões de toneladas e ir até 360 milhões. E esse efeito sobre o meu custo unitário é positivo, porque o diluímos. É um negócio com uma base de custo instalada muito grande. Então, quando subo a produção, o meu custo unitário cai. Com isso, a nossa visão é que estaremos entre as companhias mais eficientes do mundo, e esse é um dos nossos objetivos. Por que isso é importante? Porque conseguimos aguentar oscilações de mercado. Se amanhã tem um soluço na China e o preço cai, conseguimos trabalhar e ainda ser rentáveis, com competitividade em bons patamares. Agora, queremos fazer isso, obviamente, da forma correta, não deixando de fazer, não deixando de cuidar da segurança, das pessoas, dos investimentos que são importantes. E uma revolução que fizemos foi a de sensorização de equipamentos. São mais de 5.000 sensores espalhados, antecipando, por exemplo, uma falha de um equipamento numa mina X que temos ao redor do Brasil. Isso é economia de custo, porque se aquele equipamento falhasse, o impacto na produção seria grande. A manutenção corretiva é muito mais cara do que a preventiva.

Em 2010, a Vale era a segunda maior do mundo em valor de mercado, com US$ 170 bilhões, e a primeira era a BHP, com US$ 172 bilhões. Hoje, a Vale está em nono lugar. É possível retomar a vice-liderança? Quando?

Reuso, estratégias e os acidentes, tudo isso, de uma certa forma, impactou o valor de mercado da companhia. Mas o que me deixa otimista é que, quando olho o potencial dessa companhia, os recursos minerais que temos, toda a infraestrutura logística, conhecimento dos nossos clientes, vemos uma enorme oportunidade de destravar valor. Então, essa é uma pauta importante para mim, para o comitê executivo, para o conselho da Vale, que é destravar o valor da companhia. Se vamos voltar a ser o primeiro, eu não sei, mas não devemos ser o décimo. Precisamos realmente avançar nessa escala e mostrar que essa companhia tem muito mais valor do que está no preço hoje das ações. Essa Vale, lá em 2030, se entregarmos o que prometemos, estará fazendo 360 milhões de toneladas, com um mix de produtos muito mais flexível e que se beneficia da transição energética. Devemos dobrar o potencial do tamanho do negócio de cobre. Isso vai ser um portfólio mais valioso. Não tenho dúvida. Então, se vamos ser o primeiro, segundo, terceiro, eu não sei, mas décimo, não.

Minas Gerais tem reservas minerais diversas. A tabela periódica está presente no subsolo. Muitas empresas estão prospectando diferentes minérios, como lítio, cobre, terras raras e outros. A Vale tem planos de ampliar a produção para outros minerais?

A Vale tem uma expertise em mineração. Ela também está pensando em explorar novos minerais ou ampliar outros, além do minério de ferro. Diversificar o portfólio. Já temos o cobre. Estudamos bastante isso. Se faria sentido entrar em algum outro metal, alguma outra commodity? Tendo condições que nos deixariam confortáveis de fazer o movimento, sim. Queremos desenvolver e gerar valor ao negócio. Sobre o cobre, o Brasil tem um potencial enorme, um metal fundamental para a transição energética. A eletrificação do mundo, que se fala muito, passa pelo cobre. Ele não tem substituto. O alumínio não é um substituto com a mesma qualidade. Então, o cobre é um metal que tem um enorme potencial de crescimento e a Vale tem muito potencial de desenvolvimento de projetos. Temos acelerado isso. Anunciamos o objetivo de dobrar essa capacidade de cobre. A realidade é que, hoje, a Vale produz menos do que produzia há 5 anos. Essa é uma prioridade para mim e para o meu time: o crescimento no cobre. No níquel, já somos super relevantes, o maior produtor do mundo ocidental. Queremos seguir líderes nesse mercado. Somos um fornecedor muito relevante dos Estados Unidos, por exemplo. O níquel passa por um momento desafiador porque tem uma sobre-oferta vinda da Indonésia, os preços caíram e o mercado ficou apertado. Mas não há desinvestimento por conta disso. Nosso trabalho ali no níquel tem sido muito de otimizar o portfólio para que a gente possa, por exemplo, reduzir custo, ser mais eficientes, mas continuamos acreditando que o níquel tem um papel importante na transição energética. Toda essa questão de carros elétricos, por exemplo, depende do níquel. Então, eu diria que hoje a nossa visão é apostar no portfólio que temos, naquilo que conhecemos e naquilo que somos bons. Seguimos estudando outras questões, outros minerais, mas diria que a prioridade hoje é naquilo que dominamos.

Vamos falar um pouquinho mais de Minas Gerais. Brucutu, que você adora falar. Você fala que é uma das três minas mais tecnológicas do mundo, ela é 100% autônoma. Explique isso para a gente.

Fizemos no ano passado 23 milhões de toneladas em Brucutu. Temos a expectativa de chegar a 30 milhões de toneladas, mas é uma região com potencial de crescimento. E ali resolvemos fazer o que chamamos de mineração do futuro, 100% autônoma: os caminhões, todos os equipamentos de pátio da mina, uma das três mais eficientes do mundo. Tudo autônomo. Opera até debaixo de neblina, emite menos CO2, consome menos combustível, consome menos pneu (dos caminhões). Então, é uma mina muito eficiente, consciente, e esse é o modelo que queremos replicar na Vale. O futuro que enxergamos é um futuro onde os equipamentos autônomos, sejam de pátio, sejam caminhões, sejam a maior parte da nossa frota. A mina autônoma tem produtividade melhor e opera em qualquer condição de clima, é mais segura porque você tira a pessoa do risco. E muita gente me pergunta: “Mas e os empregos associados a isso, né?” Eu sempre digo que, na verdade, isso vai gerar outro tipo de trabalho. Agora, a pessoa vai estar lá para analisar dados, para ver como aumenta a produtividade, usar a inteligência artificial, ver como aumentamos a eficiência das nossas minas. Então, é uma evolução positiva para as pessoas envolvidas, mas também para a operação. Essa é uma pauta na qual estamos muito imbuídos e muito focados. Acho que ela gera um valor muito grande para a companhia, para a sociedade, de posicionamento da indústria também. E estamos muito otimistas com ela. Temos possibilidade de expansão grande (em Brucutu).

E como estão os planos de expansão lá?

Temos uma possibilidade de expansão, é uma área importante para a Vale. É, e temos trabalhado nesse sentido. Vamos pouco a pouco. Mas ainda não está previsto nesses R$ 67 bilhões anunciados. Seria um outro investimento, algo mais para frente. Por enquanto, Brucutu está dentro desse plano de expansão até 30 milhões de toneladas. Ali, fazemos o minério de alto teor. Tem esse potencial todo, né? E o minério da Vale é muito conhecido mundialmente pelos teores e pela diversidade que proporciona. Há outros mercados que podem surgir.

Vocês estão prospectando outros mercados para exportar?

Sem dúvida. A China, de fato, alcançou, vamos dizer, o pico de produção de aço e deve ter algum declínio na demanda ao longo dos próximos anos. Não achamos que vai ser um declínio muito abrupto, mas vai ocorrer alguma coisa. Mas a China vai seguir sendo o maior mercado consumidor e produtor de aço e, consequentemente, consumidor de minério. Mas vemos a Índia, por exemplo, crescendo a uma taxa de produção de aço de 12% ao ano. Então, estamos vendendo para a Índia depois de muitos anos. A Índia passa a ser um mercado que olhamos com grande otimismo. Tem 1 bilhão e meio de pessoas. E com uma enorme necessidade de infraestrutura, construção de residências. É um mercado com potencial enorme. Eles têm minério. Isso é curioso, porque é diferente da China, que não tem minério de ferro. A Índia tem minério. Só que o minério de ferro da Índia é de baixo teor. E o nosso minério é de mais alto teor. Então, o nosso minério blenda de uma forma perfeita com o minério indiano. É um mercado que abre para a gente, mas não abre para os nossos competidores, porque eles não têm a natureza do nosso minério e o minério deles não blenda tão bem com outros minérios. Eu estive lá recentemente, eles (indianos) estão muito otimistas, tentando fazer parcerias com a gente (Vale), por exemplo, para desenvolver centros de blendagem na Índia. Então, a Índia é um potencial mercado. O Oriente Médio também cresceu numa taxa super elevada. Também começa a ser um mercado relevante. Há também o Sudeste Asiático, com países que ainda estão em crescimento.  Então, vejo um futuro onde a produção de aço de uma certa forma se diversificará um pouco. E isso é positivo. A China segue sendo o principal produtor de aço, mas outros mercados estão surgindo com relevância. A Índia tem esse potencial, inclusive, de ter lá a exploração.

A Vale pode fazer um investimento nesse sentido na Índia? Para produção?

Acho pouco provável, por exemplo, desenvolvermos uma mina na Índia. Eu acho que o nosso grande valor agregado para o mercado indiano é a complementaridade do nosso minério com o deles. Juntos, blendamos esse minério e levamos um produto para o siderurgista local produzir o aço.

Como estão as reservas da Vale no Brasil?

O nosso total de reservas está na faixa de 12 bilhões de toneladas. Temos minério para trabalhar por várias gerações ainda. É uma questão de desenvolver projeto a projeto, trabalhar e mostrar que conseguimos fazer essa mineração do futuro, combinando o desenvolvimento econômico com preservação ambiental e cuidado social. Tenho orgulho de dizer: cuidamos hoje de mais de 1,1 milhão de hectares. Só a floresta nacional de Carajás, no Pará, cuidamos de 800.000 hectares. É uma área cinco vezes maior do que a cidade de São Paulo. Cuidamos aqui em Minas de uma área que é duas vezes a cidade de Belo Horizonte. Então, conseguimos mostrar que temos um impacto positivo, na verdade, de preservação ambiental. A mineração pode ser uma aliada da preservação ambiental e esse modelo equilibra desenvolvimento, preservação e cuidado social. Das cinco cidades com maior PIB per capita do Brasil, quatro têm a mineração como principal atividade, e três estão aqui em Minas. Então, é uma atividade com alto potencial de geração de impacto positivo, social, ambiental, e essa é a nossa missão, mostrar que esse futuro é possível.