07.02.2022 | ABIFER | Notícias do Mercado
Fonte: Valor Data: 05/02/2022
O faturamento do setor no Estado apresentou alta de 67% em 2021 ante 2020, passando de R$ 5,7 bilhões para R$ 9,5 bilhões. Foi o segundo maior crescimento na receita, ficando atrás apenas de Minas Gerais
A Bahia está se tornando uma nova fronteira mineral do país. O Estado vem atraindo investimentos e, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), de 2021 a 2025 deverão ser investidos mais de R$ 70 bilhões, o que representa 35% do total de aportes em todo o país.
Segundo o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, o interesse dos investidores pelo Estado vem do seu “grande potencial mineral”.
Pelos dados da CBPM, só em 2021 foram concluídas sete licitações para a produção de níquel, cobre e cobalto nos municípios de Campo Alegre de Lourdes e Pilão Arcado; produção de fosfato em Campo Alegre de Lourdes e quatro editais para produção de argila nos municípios de Alagoinhas, São Sebastião do Passé e Camacã, além da licitação de área para produção de esmeraldas em Pindobaçu.
De acordo com Tramm, a Bahia encerrou 2021 em terceiro lugar na arrecadação de CFEM do país, com um crescimento de 86% em comparação a 2020.
“Além disso, hoje temos mais de 43 minérios diferentes e somos líderes nacionais na produção de 19 substâncias”, disse.
Tramm ressaltou que os minérios de cobre, ouro, níquel, ferro e cromo, por exemplo, foram os cinco maiores arrecadadores em 2021.
“Somos grandes produtores de água mineral e possuímos a segunda maior reserva de gemas do país. Muita gente não sabe, mas somos os maiores produtores de talco e os únicos de urânio do Brasil. Isso reforça a importância da mineração para a economia do estado”, disse o executivo.
Além disso, de acordo com o Ibram, a Bahia foi o segundo Estado com o maior crescimento na receita com a atividade atrás apenas de Minas Gerais. O faturamento do setor no Estado apresentou alta de 67% em 2021 em relação a 2020, passando de R$ 5,7 bilhões para R$ 9,5 bilhões.
“A Bahia tem anunciado muitos investimentos para viabilizar a mineração industrial sustentável e já colhe os dividendos dessa decisão favorável à expansão do setor mineral no estado. O mesmo vemos em outros estados, como Pará, Goiás e Mato Grosso”, disse Wilson Brumer, presidente do conselho do Ibram.