07.08.2025 | ABIFER | ABIFER News
Fonte: Blog MetrôCPTM Data: 04/08/2025
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fechou um importante contrato para a mobilidade urbana na cidade de São Paulo.
De acordo com documento divulgado pela SP Urbanismo nesta segunda-feira, 4, a estatal ferroviária foi selecionada para desenvolver o anteprojeto do VLT São Paulo, o sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do município.
Com orçamento de R$ 1.398.000,47 (um milhão trezentos e noventa e oito mil reais e quarenta e sete centavos), a companhia deve dentro deste contrato, realizar os serviços competentes de engenharia.
Neles estão inclusos o desenvolvimento dos sistemas de suprimento de energia de tração, de alimentação elétrica dos sistemas auxiliares de paradas e estações, sinalização de via, iluminação, sonorização e telecomunicações.
O prazo de execução do anteprojeto é de cinco meses contados a partir da emissão da ordem de serviço.
Frota de Trens e Operação
De acordo com as premissas do projeto do VLT, estima-se uma frota total de 18 trens no mínimo, para a operação nas duas linhas pelo centro de São Paulo, com nove composições em cada linha.
O sistema de alimentação utilizado será o APS (Alimentação Pelo Solo) para vias de circulação, ou seja, a energia para os trens vem da própria via e não por catenárias, como é o comum de trens urbanos.
O headway, que corresponde ao intervalo médio entre cada trem, será de seis minutos em cada linha.
Além disso, não haverá cancelas que travem a passagem ou cruzamentos com veículos automotores, uma vez que a rede semafórica será integrada com o VLT, fechando e abrindo as sinalizações conforme os trens passarem.
O trem terá a capacidade de desenvolver a velocidade de até 70km/h, mas em razão do cenário urbano, essa velocidade deverá ser compatível com as ruas por onde passa.
Requalificação do Centro e Mobilidade Melhorada
A Prefeitura de São Paulo aposta neste projeto para promover a requalificação da região central, com a implantação do VLT e melhorar a mobilidade entre os transportes. Veja a seguir alguns pontos importantes levantados pela gestão municipal:
– Economia anual de R$ 10 milhões com custos sociais relativos a emissões de poluentes;
– Implantação de 5 km de corredores verdes e 30 km de ciclovias;
– Atendimento a 36 atrações culturais;
– Atendimento a 10 pólos comerciais;
– Requalificação de 50 km de calçadas;
– Retrofit e inserção de 500 imóveis no mercado;
– Atração de mais de 200 mil novos moradores no centro;
– Fomento ao turismo;
– Melhoria na segurança pública;
– Integração multimodal com nove estações de Metrô, duas estações de trens metropolitanos e cinco terminais de ônibus.
O orçamento previsto é de quase quatro bilhões de reais e custo operacional de R$ 170 mil mensais por km.
Já a receita anual pode variar entre R$ 80 a R$ 120 milhões, além da possibilidade de aumento desta arrecadação por meio de programas de parcerias com a iniciativa privada, por exemplo, sistema de naming rights, propagandas avulsas e locação de espaços comerciais.