Av. Paulista, 1313 - 9º Andar - Conjunto 912 (11) 3289-1667 [email protected]
pt-bren

Cronograma do Trem Intercidades está condicionado aos desdobramentos da renovação da MRS

28.07.2020 | | Notícias do Mercado

O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, prefere não antecipar os prazos para o Trem Intercidades. Segundo ele, o projeto do governo estadual, cuja proposta inicial é ligar São Paulo-Campinas-Americana aproveitando a Linha 7-Rubi da CPTM, está atrelado à construção de uma nova via no trecho Jundiaí-Barra Funda (dentro da faixa e domínio existente) pela MRS, como forma de eliminar o conflito existente na região entre os trens de passageiros e de carga. A segregação de vias seria feita pela MRS com parte da outorga com a renovação antecipada de seu contrato de concessão.

”Eu não posso antecipar os prazos (do Trem Intercidades) porque são vários os pontos que precisam ser conectados, então eu prefiro ser conservador, contributivo na própria renovação da malha da MRS apoiando o ministério da Infraestrutura nas instituições que são necessárias para que, dado esse passo de modo muito transparente, nós consigamos prosseguir com o cronograma da Linha 7 mais o Trem Intercidades”, disse o secretario durante o Webinar nos Trilhos da última quinta-feira, dia 23/07.

O projeto de segregação de vias substitui o Feroranel Norte, que foi descartado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. O Ferroanel é um projeto greenfiled de 53 km, ligando Perus a Itaquaquecetuba. A linha passaria pela Serra da Cantareira, basicamente o único pulmão verde da Grande São Paulo. Ainda está no nível básico de estudos e é orçado inicialmente em R$ 6 bilhões. A segregação de vias deve custar cerca de R$ 1,5 bilhão.

No Webinar nos Trilhos do dia 10 de julho, o ministro afirmou que a dificuldade de optar pelo Ferroanel era que o valor de outorga não seria suficiente para fazer o empreendimento como um todo, e no final o ganho de carga e de capacidade seria o mesmo com a transposição da linha de carga. ”A segregação terá o mesmo efeito em termos de carga, eliminaria o conflito ferrovia-cidade, a gente elevaria aquela capacidade de transporte para perto de 10,11 milhões de toneladas, mas só que com capex muito menor. Por isso fizemos a opção pela segregação, obviamente essa segregação ajuda muito o governo do estado de São Paulo na equação do Trem Intercidades, diminuiu o capex que seria exigido para o projeto, o que o torna também mais viável”.

O Webinar nos Trilhos faz parte das comemorações dos 80 anos da Revista Ferroviária, e conta com o patrocínio da Loram do Brasil, da Cavan, da Plasser & Theurer e Plasser do Brasil.   Apoie o jornalismo ferroviário. Assine a revista, cadastre-se em nossa newsletter diária e nos siga nas redes (Youtube, Linkedin, Instagram, Facebook e Twitter).

 

Fonte: Revista Ferroviária

Data: 27/07/2020