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Demanda de passageiros no Metrô cresceu no 3º trimestre apoiada em gratuidades

30.11.2023 | | Notícias do Mercado

Fonte: Metrô CPTM
Data: 30/11/2023

Metrô de São Paulo transportou 222,6 milhões de passageiros entre julho e setembro deste ano, alta de 6% em relação ao mesmo período de 2022.

No entanto, apenas 55% das viagens foram remuneradas (122,6 milhões), quadro que repetiu a mesma participação do 3º trimestre do ano passado.

Isso significa dizer que 100 milhões de viagens realizadas nas quatro linhas do Metrô não foram pagas. Tratam-se de transferências advindas dos próprios ramais do Metrô e também da CPTM, ViaQuatro e ViaMobilidade, que são gratuitas.

O dado mais preocupante mostrado pelo relatório da companhia é que o pequeno crescimento verificado foi motivado pela volta da gratuidade para idosos com idade acima de 60 anos a partir de fevereiro.

Segundo os dados, as viagens gratuitas saltaram de 16,6 milhões para 23,2 milhões no 3º trimestre, alta de 40%. Vale lembrar que o custo do transporte dessas pessoas é ressarcido pelo governo do estado, baseado no valor da tarifa vigente (R$ 4,40).

Por essa razão, a receita com gratuidades chegou a R$ 118 milhões, alta de 37,2% comparado ao mesmo intervalo de 2022. Já a receita tarifária, obtida dos passageiros pagantes, ficou estável, em R$ 431 milhões.

O resultado indica que a retomada da demanda anterior à pandemia do Covid-19 tem sido muito lenta após uma fase inicial de recuperação mais veloz.

No terceiro trimestre de 2019, antes dos efeitos da crise sanitária, o Metrô havia transportado 278 milhões de passageiros, 158 milhões remunerados.

Bilhete único domina pagamentos enquanto QR Code cai

O Metrô também apresentou dados sobre as modalidades de pagamento utilizadas pelos passageiros. O Bilhete Único, de responsabilidade, continua a responder por quase 60% dos pagamentos da tarifa, participar similar a de outros períodos.

O segundo meio de pagamento mais utilizado é o QRCode, tecnologia oferecida pela empresa Autopass por meio de um convênio com uma entidade privada, a ABASP. O bilhete impresso ou usado em celulares, no entanto, teve uma pequena redução em seu uso (1%).

O Bilhete Top, também emitido pela Autopass, ampliou sua participação à medida que substitui o antigo Cartão Bom – que teve somente 597 mil pagamentos. Por fim, os bilhetes magnéticos Edmonson tiveram 115 mil pagamentos de um universo de quase 20 milhões em 2019.

O Metrô comentou sobre os testes da tecnologia de pagamento por aproximação, amplamente usada em sistemas de transporte mundo afora e mesmo no Brasil. Segundo a empresa, testes foram feitos em 13 estações com participação “inexpressiva”.

Importante ressaltar que o pagamento “Contactless“, ou por aproximação com cartões de débito e crédito, dispensa a necessidade de uma empresa de intermediação como a Autopass, já que a tecnologia permite o crédito nas contas do Metrô diretamente.

A experiência realizada no Metrô foi feita justamente pela Autopass e ABASP, que recebem um percentual para cada transação realizada com o QRCode e o Bilhete TOP além de centralizarem a arrecadação antes de repassarem os valores para suas “associadas”.