23.02.2021 | ABIFER | Notícias do Mercado
Relatório de ações do governo do estado revela ainda que futuro ramal subterrâneo entre Oscar Freire e Jardim Brasília deverá contar com 21 estações e 30 trens em horizonte de 2034
O Metrô de São Paulo divulgou novas informações sobre os estudos da Linha 16-Violeta, ramal subterrâneo que substituiu o trecho leste da Linha 6-Laranja. Revelado pelo site em 2018, a nova linha na Zona Leste teve dados mostrados pela companhia em relatórios de ações do governo Doria em 2020.
Segundo esse documento, a Linha 16 terá ao todo 21 estações distribuídas ao longo de 21,8 km, entre a rua Oscar Freire e Jardim Brasília. O horizonte do projeto é 2034 quando deverá atingir uma demanda estimada de 630 mil passageiros por dia.
“Em uma das alternativas em estudo, prevê conectar-se com a Linha 4-Amarela – estação Oscar Freire e seguirá paralelamente à Linha 2-Verde. Na futura estação Jardim Paulista integrará com a futura Linha 19-Celeste e na estação Paraíso com as linhas 1-Azul e 2-Verde. A seguir passará por regiões importantes como Aclimação, Vila Monumento, interligação com a Linhas 10-Turquesa da CPTM, passando por Alto da Mooca e
seguirá em direção à futura estação Anália Franco, da Linha 2-Verde, passará por Vila Formosa e Vila Antonieta até Cidade Líder e sua estação terminal, no Jardim Brasília, já próximo de Artur Alvim”, explica o Metrô.
Para dar conta da demanda, a companhia prevê uma frota de 30 trens, número menor do que existe na Linha 5-Lilás, que possui dimensões semelhantes e 34 composições.
Como mostrou o site nesta quinta-feira, o Metrô pretende concluir o projeto diretriz da Linha 16 ainda neste ano. Ou seja, o trajeto hoje considerado ainda poderá mudar bastante à medida que estudos mais aprofundados revelem traçados mais promissores e que atendam à tendência de crescimento e desenvolvimento da cidade.
No formato atual, a Linha 16 teria um papel fundamental na melhor distribuição de passageiros na populosa região da Zona Leste. Ela poderia, por exemplo, aliviar o fluxo que existirá na Linha 2-Verde na estação Anália Franco quando esta chegar à Penha e Guarulhos ao oferecer uma alternativa mais rápida em direção à região da Paulista e centro. Com isso, a Linha 2 teria um papel mais distribuidor do que de destino final dos usuários.
Mais do que isso, a Linha Violeta tem potencial de aliviar significativamente a Linha 3-Vermelha, por atender regiões que hoje acabam convergindo para o ramal por falta de opções de transporte.
No entanto, o novo ramal ainda está no fim da fila de prioridades do governo, que ainda precisa viabilizar os projetos das linhas 19-Celeste e 20-Rosa antes de focar suas atenções na Linha 16. Isso, é claro, se nada mudar até lá.