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Metrô e trem no Brasil têm expansão de apenas 4,1 km em 2023

04.04.2024 | | Notícias do Mercado

Fonte: Mobilize Brasil
Data: 03/04/2024

Um estudo publicado nesta terça-feira (2) pela Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) mostrou que a expansão do sistema metroferroviário no país ficou, no ano passado, aquém das expectativas do setor.

A previsão da associação para 2023 era de que o sistema crescesse 15,6 km, com obras também em Fortaleza e São Paulo – da linha 9-Esmeralda, cuja entrega está prevista para 2024.

Mas o crescimento no país foi de apenas 4,1 km, referentes a ampliações nos sistemas sobre trilhos de Natal (RN) e Salvador (BA). Com isso, a malha nacional alcançou 1.133,4 km, divididos em 307 km de metrô, 536 km de trem urbano, 274 km de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), 14 km de monotrilho e 0,8 km de people mover, revela a pesquisa.

A Região Sudeste concentra 62,1% da extensão de trilhos, com 704,3 km, seguida das regiões Nordeste (30,5%), Sul (3,9%) e Centro-Oeste (3,5%). É o que mostra o Balanço do Setor Metroferroviário de Passageiros 2023 da ANPTrilhos. Para conferir o documento completo, clique aqui.

Passageiros transportados

Em relação à quantidade de passageiros transportados por trilhos no ano passado no território nacional, os sistemas registraram um aumento de 6%, o que corresponde a 2,48 bilhões de pessoas alcançadas.

“A demanda de passageiros no transporte sobre trilhos permanece abaixo do patamar de 2019 e sugere uma mudança no comportamento da mobilidade nas cidades, que vai além dos efeitos remanescentes da pandemia. Os novos formatos de trabalho, com a possibilidade de atuação híbrida e remota, e o crescimento das compras pela internet estão mudando as formas de deslocamentos da população”, explica Joubert Flores, presidente do Conselho da ANPTrilhos.

Perspectivas

Nos últimos cinco anos, a expansão da malha urbana de transporte de passageiros sobre trilhos foi moderada, aponta a ANPTrilhos, com a adição de 38 km de trilhos, o que representa menos de 2% no acumulado dos cinco anos. Para os próximos cinco anos, as perspectivas são mais otimistas. Considerando apenas as obras em andamento, o crescimento poderá alcançar 66 km e 59 estações. Desse total, 20 km e 17 estações estão previstos para 2024. 

Esse impulso, analisa a entidade, deve se dar graças a iniciativas que vêm sendo tomadas pelos governos. É o caso, na esfera federal, da retomada do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que reserva R$ 48,8 bilhões para a mobilidade urbana. Só em 2024, esse investimento deverá ser utilizado para pôr em pé 13 projetos metroferroviários. Há iniciativas também de governos estaduais, como o de São Paulo, que realizou o leilão do Trem Intercidades, entre a capital e Campinas, em fevereiro.

Também projetos de transporte de média e alta capacidade estão previstos para as 21 regiões metropolitanas do país com população superior a 1 milhão de habitantes. Esses projetos deverão ser avaliados nos resultados do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também programado para iniciar em 2024.